
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o país “não precisa” da madeira de nenhum outro lugar e a Casa Branca criou um processo para avaliar a possível existência de um comércio “desleal” do produto. O foco é o fornecimento do Canadá, mas o Brasil pode sofrer prejuízos milionários com a medida.
Segundo a coluna de Jamil Chade no UOL, uma alteração nas medidas de importação do país pode afetar o setor de madeira do Brasil, que se concentra principalmente na região Sul. O setor privado diz que o governo brasileiro deve “acompanhar atento a investigação” e potenciais prejuízos com sobretaxas.
O Brasil é o quinto maior fornecedor dos EUA no setor, enviando U$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 9,3 bilhões) em madeira ao país. O valor corresponde a 43,3% do total (US$ 3,7 bilhões ou R$ 21,5 bilhões) exportado em madeira e produtos de madeira em 2024.
Também foram exportados US$ 668,1 milhões (R$ 3,9 bilhões) em móveis, sendo os EUA o maior destino, com 32,9% (US$ 220 milhões ou R$ 1,3 bilhão). O segundo maior destino é o Uruguai, que recebe apenas 7,4% das exportações.

Os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, majoritariamente bolsonaristas, representam, juntos, 86,5% do total exportado no setor.
Em ordem executiva, Trump afirmou que os EUA enfrentam desafios como importações com dumping e “subsídios injustos” em outros países. O documento ainda afirma que a madeira é “essencial para a segurança nacional e resiliência industrial” do país.
No total, os EUA importaram US$ 49,3 bilhões (R$ 287 bilhões) no setor de madeira e produtos de madeira. Apenas Canadá e China superam o fornecimento brasileiro.
Conheça as redes sociais do DCM:
Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line