Oposição venezuelana diz que Machado foi ‘violentamente interceptada’ após manifestação

Aliados de María Corina Machado, líder da oposição ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmaram que ela foi “violentamente interceptada” nesta quinta-feira 9, em Caracas. À agência de notícias AFP, uma fonte declarou que ela foi presa.

Segundo a equipe de Machado, “tropas do regime atiraram contra as motocicletas que a transportavam”. O episódio teria ocorrido após ela liderar uma manifestação na capital.

Maduro tomará posse nesta sexta-feira 10 para seu terceiro mandato. O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela referendou a vitória do presidente sobre Edmundo González Urrutia, mas não publicou as atas de votação. A oposição, por sua vez, sustenta ter triunfado e alega fraude no pleito.

O governo da Venezuela ainda não se manifestou sobre a situação de Machado nesta quinta.

Brasil na cerimônia

O presidente Lula (PT) deve enviar a embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Oliveira, à posse de Maduro. O governo brasileiro, contudo, não reconheceu o triunfo do chavista.

Glivânia Maria de Oliveira assumiu a embaixada brasileira em Caracas no início de 2024. Formou-se em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília e fez um mestrado em Teoria Política pela Escola de Economia e Ciência Política de Londres.

Antes de comandar a representação brasileira na Venezuela, foi diretora do Instituto Rio Branco, centro de formação do Ministério das Relações Exteriores. Ela serviu nas embaixadas em Varsóvia, Londres e Assunção, além de chefiar o Consulado-Geral em Boston e a Embaixada no Panamá.

Também foi chefe de gabinete da Secretaria-Geral das Relações Exteriores, dietora do Departamento de Organismos Internacionais e chefe da divisão das Nações Unidas.

O Senado aprovou a indicação de Glivânia Oliveira para a embaixada em Caracas em 12 de dezembro de 2023, com 41 votos favoráveis, um contrário e duas abstenções.

Em novembro de 2024, Lula afirmou que Maduro “é um problema da Venezuela, não do Brasil”.

“Maduro deveria ter mandado as atas para o Conselho Nacional Eleitoral, que foi criado por ele próprio, que tinha dois membros da oposição e três do governo. Ele não mostrou. Foi direto pra Suprema Corte”, disse o petista. “E eu não tenho o direito de ficar questionando a Suprema Corte de outro país, porque eu não quero que nenhum outro país questione a minha Suprema Corte mesmo quando ela erra.”

Após o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela validar o resultado da eleição, Brasil e Colômbia publicaram um comunicado no qual cobraram a publicação das atas.

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