A oposição venezuelana, liderada pela líder de extrema direita Ana Luiza Machado e seu pupilo Eduardo González, investe em notícias falsas para desestabilizar o país em meio às pressões do Ocidente contra o presidente reeleito Nicolás Maduro. Nas últimas semanas, Ana sugere uma reviravolta eleitoral e anuncia a posse de Eduardo na presidência.
Após as eleições de 28 de julho, em que o candidato chavista que representa o Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) recebeu 51,20% dos votos contra 44,2% do ex-embaixador Eduardo González, a oposição fascista do país iniciou uma campanha de mentiras para descreditar a justiça eleitoral.
Antes das eleições o grupo Plataforma Unitária já havia se recusado a assinar um acordo para reconhecer o resultado do pleito.
Depois da divulgação dos resultados, a extrema direita liderada pela ex-deputada Ana Luiza Machado afirmou ter vencido a disputa e usou as atas eleitorais como argumento para isso. Segundo este setor, foram recolhidas 70% das atas que garantiriam a vitória do ex-embaixador Eduardo González Urrutia.
No último sábado, o Tribunal Superior de Justiça (TSJ) da Venezuela anunciou o início da perícia de todos os materiais eleitorais, como as atas detalhadas das urnas e os depoimentos dos ex-candidatos ao pleito presidencial.
A última fase de avaliação dos documentos tem como objetivo determinar a decisão final sobre o processo aberto pelo presidente Nicolás Maduro em 31 de julho diante das acusações de fraude eleitoral por parte da extrema direita opositora.
Desrespeitando a Justiça eleitoral do país, Ana Luiza Machado disse nesta segunda (12) que Eduardo González assumirá a Presidência da Venezuela em 10 de janeiro de 2025.
“Eduardo será o novo chefe de Estado e novo comandante das Forças Armadas venezuelanas, e isso dependerá do que todos nós fizermos, os venezuelanos dentro e fora do país. Depende que essa força, organização, convicção e compromisso que empregamos nos últimos meses e que teve vitória contundente se mantenha forte e crescendo. E por isso sei que em 10 de janeiro teremos um novo presidente”, declarou Ana
Em outra tentativa de desestabilizar a democracia venezuelana, a imprensa norte-americana, através do periódico Wall Street Journal, divulgou que os EUA estariam colocando “tudo na mesa para persuadir Maduro a sair antes que seu mandato termine em janeiro”.
A notícia foi desmentida pela Casa Branca através da porta-voz Karine Jean-Pierre e o vice-porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel. “Isso não é verdade. Não fizemos nenhuma oferta de anistia a Maduro ou outros desde esta eleição”, disse Patel em um comunicado do Departamento de Estado norte-americano.