Escondida, a líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, disse que eles oferecem “garantias, salvo-condutos e incentivos” para Nicolás Maduro deixar o poder no país. Segundo Machado, a oposição não abdicará de assumir o poder no país: “estamos determinados a avançar numa negociação.”
As falas foram feitas por meio de áudios enviados pela política, atualmente clandestina, a um questionário enviado pela agência de notícias. Segundo a agência, a opositora disse que “será um processo de transição complexo e delicado, no qual uniremos toda a nação.”
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Nicolás Maduro o vencedor das eleições na Venezuela. Contudo, em meio à falta dos dados que comprovam estes números, o país vive em um processo de instabilidade, com a oposição se autoproclamando vitoriosa, por meio do candidato Edmundo González Urrutia.
O caso tramita na Justiça Eleitoral do país, por meio de auditorias que estão sendo realizadas nos supostos comprovantes de votos de ambos os lados.
“Todos os venezuelanos e o mundo sabem que Edmundo González venceu de forma esmagadora e que Maduro pretende impor a maior fraude da história deste país”, sustenta Corina. Assim como ela, a oposição apela a perda de legitimidade de Maduro para, também sem provas, empossar a oposição ao governo do país.
A política não se manifestou sobre a legitimidade de González para assumir o posto ou as acusações de que os comprovantes da oposição são fraudulentos, mas enfatizou o papel da imprensa internacional e dos demais países na pressão para a derrocada de Maduro – o que vem sendo denunciado pelo próprio presidente como a tática da oposição.
“As forças internacionais são solidariamente responsáveis pelo que acontece na Venezuela. É hora de todos os governos do mundo levantarem a voz contra a repressão e reconhecerem a vitória de Edmundo González no domingo, 28 de julho, e ao mesmo tempo fazerem Maduro entender que sua melhor opção é uma transição negociada”, afirmou.
Em meio à pressão da oposição, o governo de Nicolás Maduro levou à prisão mais de 2.200 pessoas em prisões de segurança máxima na Venezuela, e adotou outras medidas consideradas autoritárias, como a derrubada da rede social X no país. Os protestos levaram à morte pelos menos 24 pessoas até agora.