A oposição da Coreia do Sul anunciou que irá acusar o presidente interino, Han Duck-soo, em protesto à recusa do líder em sancionar projetos de lei especiais para investigar seu antecessor
O principal partido de oposição, o Partido Democrata, estabeleceu um prazo final para Han promulgar dois projetos de lei especiais investigando a curta imposição da lei marcial pelo presidente suspenso, Yoon Suk Yeol, e as alegações de corrupção envolvendo sua esposa, Kim Keon Hee.
O líder conservador foi destituído de suas funções pelo parlamento após sua breve declaração de lei marcial, o que mergulhou o país em sua pior crise política em décadas.
Mas Han, que substituiu Yoon, rejeitou a exigência da oposição em uma reunião de gabinete, insistindo em acordos bipartidários para os dois projetos de lei.
A posição de Han não nos deixou outra opção a não ser interpretá-la como sua intenção de continuar a insurreição, atrasando os procedimentos, disse o líder da oposição, Park Chan-dae, em uma coletiva de imprensa.
Iniciaremos imediatamente um processo de impeachment contra Han.
O aviso veio 10 dias depois de Yoon ter sofrido impeachment em uma votação liderada pela oposição, suspendendo-o de suas funções presidenciais até que o Tribunal Constitucional decida se a decisão será mantida.
A oposição está buscando dois órgãos investigativos especiais independentes para investigar a declaração de lei marcial de Yoon e os casos controversos da primeira-dama Kim, incluindo supostos subornos.
Yoon está atualmente sob investigação por uma equipe conjunta composta pela polícia, o Ministério da Defesa e investigadores anticorrupção.
A oposição diz que precisa apenas de uma maioria simples no parlamento de 300 membros para destituir Han, já que esse é o limite para um membro do gabinete.
O Partido do Poder Popular, no entanto, argumenta que uma maioria de dois terços é necessária, já que Han está atualmente atuando como presidente interino.