Sob suspeita de estar envolvido em um esquema de desvio de recursos em um programa de fornecimento de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira 21.
De acordo com os investigadores, os envolvidos aproveitavam o estado de emergência criado pela pandemia de Covid-19 para contratar empresas previamente selecionadas para o fornecimento de cestas básicas.
As empresas, então, recebiam os valores contratados, mas entregavam apenas parte do material acordado. O mandatário negou participação no esquema e disse que não autorizava os pagamentos.
Carreira política
Wanderlei Barbosa, no centro das suspeitas investigadas pela PF, começou a sua carreira em 1989, quando foi eleito vereador em Porto Nacional. Na época, ele passou a atuar como subprefeito de Taquaruçu, mas, já em 1996, mudou-se para Palmas, a capital do estado, quando foi eleito vereador.
A passagem dele pela Câmara dos Vereadores de Palmas foi longa. Por lá, ele ficou entre 1997 e 2011, chegando a presidir o Legislativo local em duas oportunidades [2003-2004 e 2009-2010].
Ele chegou, então, ao governo do Tocantins no pleito de 2018. Uma eleição suplementar foi realizada em junho daquele ano, fazendo com que Wanderlei Barbosa fosse eleito para o cargo de vice na chapa comandada por Mauro Carlesse.
Já durante o mandato, uma série de acusações contra Calesse fez com que o seu mandato fosse cassado e ele ficasse inelegível por oito anos. Wanderlei Barbosa chegou ao governo dado o afastamento do aliado, em 2021.
Já no pleito de 2022, o quadro do Republicanos foi eleito como governador. Wanderlei Barbosa recebeu 481 mil votos na eleição daquele ano.