
A Polícia Federal (PF) divulgou que bens confiscados em operações contra crimes ambientais já representam um terço do total apreendido pela instituição neste ano. Entre janeiro e outubro, o montante alcançou R$ 3,1 bilhões, sendo R$ 1,15 bilhão proveniente de ações relacionadas à exploração ilegal na Amazônia. Esse valor está próximo do registrado em investigações sobre tráfico de drogas, que somaram R$ 1,17 bilhão.
Entre os bens recuperados estão carros de luxo, joias, helicópteros, embarcações e imóveis. Esses itens foram confiscados de envolvidos em atividades como garimpo ilegal, extração de madeira, caça e pesca predatória. Segundo Humberto Freire de Barros, diretor da Amazônia e Meio Ambiente da PF, “o crime organizado entrou fortemente nos crimes ambientais, tendo em vista as penas baixas e os lucros altos”.
O aumento nas apreensões de bens ligados a crimes ambientais contribuiu para um crescimento de 25% no total de itens recuperados pela corporação em relação ao ano anterior, que somou R$ 2,4 bilhões.
Segundo André Luís, diretor-geral da instituição, esses bens foram efetivamente retirados do crime organizado e destinados a leilões ou outros fins legais.

Operação Cobiça
Recentemente, no Pará, a PF confiscou veículos de luxo, como Porsche Cayenne e BMW X6, além de joias de alto valor, em posse de empresários ligados ao garimpo ilegal. A investigação revelou que os suspeitos pagavam propinas a policiais militares para garantir a segurança e a logística do minério extraído ilegalmente. A Polícia Militar informou que afastou os agentes envolvidos e exonerou oficiais ligados ao caso.