A Organização das Nações Unidas denunciou na última terça-feira (27) que o projeto da Fundação Humanitaria de Gaza (GHF), criado pelo enclave imperialista e os Estados Unidos, intensifica a violência e o deslocamento em Gaza, ao invés de oferecer ajuda. Milhares de palestinos famintos invadiram o centro de distribuição da GHF em Rafá, no sul da Faixa, enfrentando disparos de guardas americanos, que perderam o controle da situação. O coordenador humanitário da ONU Tom Fletcher alertou: “este projeto será um encobrimento para maior violência e deslocamento”.

O Ministério de Imprensa de Gaza também denunciou o uso da fome como arma do país artificial, criando corredores fechados e zonas de isolamento racial, excluindo organismos humanitários: “isso não é ajuda, é outra forma de tortura coletiva”. O ex-porta-voz da UNRWA Chris Gunness criticou a iniciativa, chamando-a de “humanitarismo de situação em sua pior expressão” e “uma paródia cínica”. Ele exigiu o retorno da UNRWA: “Precisamos que seu pessoal internacional regresse a Gaza para restabelecer a ordem e garantir uma distribuição adequada de alimentos”,

O projeto, operado por uma empresa americana escolhida sem licitação pelo primeiro-ministro da ditadura sionista Benjamin Netaniahu, foi rejeitado por organizações internacionais. Segundo o jornal israelense Haaretz, a empresa tem vínculos com empresários sionistas. Dados da ONU mostram que o bloqueio sionista de 90 dias deixou 85% da população de Gaza em insegurança alimentar aguda, enquanto a violência no centro de Rafá reflete o uso da fome como tática de guerra.

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Last Update: 29/05/2025