Nesta segunda-feira (19), a deputada federal Ana Paula explicou sua decisão de não assinar o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), protocolado por parlamentares da oposição. Em uma publicação na rede social X, ela revelou que a recomendação partiu de seu advogado, devido aos processos criminais que ela enfrenta na Corte.
“Sobre o pedido de impeachment, meu advogado me proibiu de assinar por conta dos 8 processos criminais que AM abriu conta mim no STF. Agora é momento de novos soldados, sem ferimentos, assumirem a dianteira dessa batalha, pois estou nesta pauta desde 2015 e preciso dar 2 passos atrás”, afirmou a bolsonarista.
“De todas formas, as assinaturas que mais importam são as suas senadores. Deputados nada podem fazer contas ministros do STF. Minha prerrogativa como deputada é tentar o impeachment de Lula, e eu iniciei recentemente o maio pedido da história do país”, finalizou.
Sobre o pedido de impeachment, meu advogado me proibiu de assinar por conta dos 8 processos criminais que AM abriu conta mim no STF.
Agora é momento de novos soldados, sem ferimentos, assumirem a dianteira dessa batalha, pois estou nesta pauta desde 2015 e preciso dar 2 passos…
— Ana Paula (@AnaPaula) August 19, 2024
Ana Paula enfatizou que sua assinatura seria apenas simbólica, pois um pedido de impeachment de um ministro do STF deve ser formalmente protocolado no Senado Federal. Ela afirmou que sua prioridade no momento é o impeachment do presidente Lula.
A movimentação contra Moraes no Congresso já conta com mais de 115 assinaturas. Os parlamentares acusam o ministro de utilizar a estrutura da Suprema Corte para fundamentar denúncias no inquérito das Fake News.
A denúncia é baseada em uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, que alegou que um auxiliar do ministro solicitou, de forma não oficial, a produção de relatórios de investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar decisões no inquérito das Fake News.
Esse inquérito foi instaurado pelo STF para investigar ataques a seus ministros. Entre os senadores que apoiam o impeachment está Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
