
No dia em que Jair Bolsonaro (PL) começa a ser julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, seus filhos intensificaram a atividade nas redes sociais, com direito a delírios e vitimismo. Tanto na segunda-feira (1º), véspera do julgamento, quanto nesta terça-feira (2), eles publicaram mensagens em defesa do ex-presidente e contra a Corte.
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) usou o X para agradecer o apoio recebido na porta da casa do pai, onde o ex-capitão cumpre prisão domiciliar. “O mínimo que posso fazer é parar para agradecer e dar um abraço em cada um. Muito obrigado pela consideração”, escreveu.
– Um grupo de fé e oração: o mínimo que posso fazer é parar para agradecer e dar um abraço em cada um. Muito obrigado pela consideração!
– Brasília (1• de setembro de 2025) pic.twitter.com/HSc2IliPiF
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) September 2, 2025
Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou o julgamento como “farsa”. Em uma das postagens, compartilhou a foto de um carro em Brasília com adesivo da campanha do pai e escreveu: “Bolsonaro resiste! Foto tirada agora no trânsito!”.
Bolsonaro resiste!
Foto tirada agora no trânsito!#BolsonaroFree pic.twitter.com/a68ZMoZ82p— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) September 2, 2025
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está foragido nos Estados Unidos, também entrou na ofensiva digital. Em vídeo, o “Bananinha” comparou a “perseguição ao seu pai” ao Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial.
🚨 ABSURDO COMPLETO! Eduardo Bolsonaro compara prisão de seu pai, Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar enquanto aguarda julgamento que começa na terça-feira, dia 2, ao holocausto nazista contra os judeus. pic.twitter.com/pKJgjkSXGO
— Ivan Vieira 🇧🇷 (@ivanvieira_5) September 2, 2025
Bolsonaro será julgado ao lado dos generais Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, além do ex-comandante da Marinha Almir Garnier. Também estão no processo o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens que firmou delação premiada.
A acusação feita pela PGR aponta crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. A pena pode ultrapassar 40 anos em caso de condenação.
As sessões estão marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, sempre na Primeira Turma do STF. Bolsonaro, no entanto, não comparecerá presencialmente ao STF nesta terça-feira (2).