O veneno que não grita 

Diante do vaivém errático do Supremo Tribunal Federal, veio-me a lembrança de um duelo verbal que escancarou fissuras jamais cicatrizadas entre os magistrados. Naquela troca de farpas entre os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes (foto: Nelson Jr./SCO/STF), emergiu um conceito mais corrosivo que o ataque direto: o “mal secreto”. Não é o ódio declarado. É a inveja que fermenta em silêncio, o ressentimento que se disfarça de virtude, o prazer frio em sabotar o sucesso alheio. Agindo nas sombras, sorrindo em público, empurrando no escuro. Não explode, corrói. É teológico porque peca, psicológico porque adoece, político porque contamina instituições. Um vício de toga, desses que não aparecem nos autos, mas governam nos bastidores. E os ministros em minoria sentem na pele quando votam diferente daqueles que se portam como luminares.

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