Diante do vaivém errático do Supremo Tribunal Federal, veio-me a lembrança de um duelo verbal que escancarou fissuras jamais cicatrizadas entre os magistrados. Naquela troca de farpas entre os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes (foto: Nelson Jr./SCO/STF), emergiu um conceito mais corrosivo que o ataque direto: o “mal secreto”. Não é o ódio declarado. É a inveja que fermenta em silêncio, o ressentimento que se disfarça de virtude, o prazer frio em sabotar o sucesso alheio. Agindo nas sombras, sorrindo em público, empurrando no escuro. Não explode, corrói. É teológico porque peca, psicológico porque adoece, político porque contamina instituições. Um vício de toga, desses que não aparecem nos autos, mas governam nos bastidores. E os ministros em minoria sentem na pele quando votam diferente daqueles que se portam como luminares.
As razões da estagnação da economia, por Gabriel Palma
Economista chileno, professor emérito de Cambridge, Gabriel Palma é referência mundial em desigualdade e desenvolvimento. Participei de uma…