Investidores reduzem exposição ao dólar, mas o “rei” segue sem sucessor real. O yuan esbarra em controles de capital e falta de transparência, o euro carece de união fiscal, e ouro ou petróleo, embora úteis como proteção, não sustentam fluxos globais. Criptomoedas, por sua vez, sofrem com volatilidade e baixa confiança institucional. Assim, mesmo fragilizado, o dólar continua dominante, pois nenhuma alternativa reúne escala, liquidez e instituições sólidas. O mais provável é um sistema financeiro multipolar, em que euro, yuan, commodities e ativos digitais ganham espaço, mas sem desbancar o dólar. Esse arranjo encarece transações e reduz a vantagem americana, mas até que surja uma moeda que combine escala econômica e credibilidade institucional, o dólar seguirá soberano, ainda que menos absoluto. (Foto/ reprodução internet)
