O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela confirmou a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais, com 51,95% dos votos. A oposição venezuelana, no entanto, afirma possuir contagens paralelas que indicam a vitória do candidato opositor, Edmundo González.
A ausência de apresentação das atas, que são os boletins de urna detalhando os resultados, tem sido alvo de críticas e cobranças de autoridades e países, incluindo o Brasil. Diversos líderes e nações questionam a transparência do processo eleitoral.
O Centro Carter, ONG que acompanhou o pleito com observadores internacionais, declarou que a eleição não atendeu aos padrões internacionais de integridade e não pode ser considerada democrática.
“Todos podemos confirmar, sem qualquer dúvida, que o legítimo vencedor e presidente eleito é Edmundo González”, disse Diana Mondino, ministra de Relações Exteriores da Argentina.
O governo uruguaio também reconheceu a vitória de González. O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Omar Paganini, escreveu nas redes sociais: “Em função da evidência contundente, fica claro para o Uruguai que Edmundo González Urrutia obteve a maioria dos votos nas eleições presidenciais da Venezuela. Esperamos que a vontade do povo venezuelano seja respeitada”.
O Centro Carter também ressaltou que a autoridade eleitoral demonstrou claro viés em favor do atual presidente venezuelano.