Plenário do Supremo Tribunal Federal. Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF

A Suprema Corte da Inglaterra analisará um pedido do escritório de advocacia Pogust Goodhead, que busca impedir o Supremo Tribunal Federal (STF) de julgar uma ação movida pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) sobre a tragédia de Mariana (MG), em 2015. Com informações da coluna Radar Econômico, da Veja.

O Ibram, que representa o setor de mineração brasileiro, entrou com uma ação no STF em 11 de junho. O instituto argumenta que os municípios brasileiros não têm autoridade constitucional para participar de ações coletivas internacionais relacionadas ao rompimento da barragem de Mariana. 

Segundo a Constituição brasileira, apenas o Senado pode autorizar operações financeiras no exterior, incluindo litígios internacionais.

O Pogust Goodhead está conduzindo ações coletivas no Reino Unido e nos Países Baixos contra as empresas BHP e Vale. De acordo com o escritório inglês, o STF não deve julgar o caso movido pelo Ibram pois a Corte Superior da Inglaterra já assumiu jurisdição sobre o assunto.

Bento Rodrigues, em Mariana (MG), após rompimento de barragem em novembro de 2015. Foto: Douglas Magno/AFP

Para o presidente da Ibram, Raul Jungmann, essas ações no exterior são movidas por fundos de investimento que buscam lucrar com tragédias socioambientais. Isso, segundo ele, gera insegurança jurídica e prejudica a economia brasileira.

Se a ação do Ibram no Brasil for bem-sucedida, os municípios poderiam ser obrigados a se retirar das ações coletivas no exterior, o que afetaria os honorários do Pogust Goodhead, que detém 20% do valor das indenizações destinadas aos municípios.

Por sua vez, a Pogust Goodhead afirmou que o pedido de liminar apresentado em nome dos municípios no Tribunal de Tecnologia e Construção de Londres não visa o STF. Em vez disso, busca impedir que a BHP tente obstruir a ação das vítimas de Mariana na Inglaterra. 

Chegamos ao Blue Sky, clique neste link
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link

Categorizado em:

Governo Lula,

Última Atualização: 22/07/2024