O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou neste sábado 7 que os diretores do Comitê de Política Monetária irão com flexibilidade e cautela para a reunião de 18 de junho, na qual decidirão se mantêm ou alteram a taxa básica de juros, atualmente em 14,75% ao ano.
“Flexibilidade significa que vamos para a próxima reunião com as opções em aberto, consumindo os dados”, disse o economista. “Cautela significa que estamos em cenário de elevada incerteza no mundo todo”, acrescentou, no Fórum Esfera Brasil, no Guarujá (SP).
Segundo Galípolo, diante da incerteza global, a maneira correta de o BC agir “é dizendo como você vai reagir e não o que você vai fazer”.
“Todos nós, autoridades monetárias do mundo, estamos dependentes de dados.”
As declarações de Galípolo estão em linha com o que o Banco Central divulga desde 7 de maio, dia em que o Copom elevou a Selic de 14,25% para 14,75%. Naquela ocasião, o comunicado pós-reunião sustentava que o contexto de incerteza “demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”.
A taxa básica atual é a maior desde julho de 2006, no primeiro mandato do presidente Lula (PT) — naquele momento, estava em 15,25% ao ano.
Veja as datas das próximas reuniões do Copom:
- 17 e 18 de junho;
- 29 e 30 de julho;
- 16 e 17 de setembro;
- 4 e 5 de novembro; e
- 9 e 10 de dezembro.
Confira os resultados de todos os encontros do Copom desde o ano passado:
- janeiro de 2024: de 11,75% para 11,25%;
- março: de 11,25% para 10,75%;
- maio: de 10,75% para 10,50%;
- junho: manutenção em 10,50%;
- julho: manutenção em 10,50%;
- setembro: de 10,50% para 10,75%;
- novembro: de 10,75% para 11,25%;
- dezembro: de 11,25% para 12,25%;
- janeiro de 2025: de 12,25% para 13,25%;
- março de 2025: de 13,25% para 14,25%; e
- maio de 2025: de 14,25% para 14,75%.