O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, classificou as reuniões para um cessar-fogo em Doha e no Cairo como “a melhor, talvez a última oportunidade”. No entanto, o departamento de Estado dos EUA aprovou um pacote de US$20 bilhões em armas para Israel, incluindo caças F-15 e munição para tanques.
O jogo duplo americano tem dado resultado: Israel e o Hamas estão próximos de um acordo para um cessar-fogo, que incluiria a libertação de reféns israelenses, ao mesmo tempo que Tel Aviv intensificou suas incursões militares na Faixa de Gaza e registrou mais mortes palestinas.
As autoridades palestinas anunciaram a marca de 40 mil mortos, enquanto o exército israelense ordenou a retirada da população palestina da Faixa de Gaza de áreas consideradas zonas humanitárias e começou uma operação nos bairros de Khan Younis e Deir al-Balah.
As áreas retiradas do rótulo de zonas humanitárias são conhecidas pelo seu alto nível de adensamento populacional, com 1,7 milhões de refugiados internos, de acordo com organizações humanitárias internacionais.
Blinken chegou a Israel no domingo, no mesmo dia em que um ataque em Gaza deixou 21 mortos, incluindo seis crianças e a mãe delas.
Em resposta, as Brigadas Al-Qassam, do Hamas, em parceria com o braço armado do movimento Jihad Islâmico, as Brigadas Al Quds, assumiram a responsabilidade pela explosão de uma bomba na região sul de Tel Aviv. O homem que carregava o artefato morreu com a detonação e uma outra pessoa ficou ferida.
“Este é um momento decisivo, provavelmente a melhor, talvez a última oportunidade para trazer os reféns para casa, conseguir um cessar-fogo e colocar todos em um caminho melhor para uma paz e segurança duradouras”, disse Blinken.
“Estou aqui como parte de um esforço diplomático intensivo sob as instruções do presidente Biden para tentar levar este acordo até a linha e, finalmente, além da linha. É hora de todos dizerem sim e não procurarem desculpas para dizer não”, acrescentou.
“Nós estamos trabalhando para garantir que não aconteça uma escalada, que não aconteçam provocações, que não aconteçam ações que de alguma forma possam nos afastar de levar este acordo até o fim, ou, que aconteça uma escalada do conflito para outros lugares”, disse.
Blinken se refere a uma possível retaliação do Irã a uma operação israelense em Teerã, que vitimou Ismail Hanieyh, uma liderança do Hamas. Hanieyh era convidado de honra para a cerimônia de posse do novo presidente do país persa, Masoud Pezeshkian.