Em 10 de dezembro de 1968, um homem executou o que ficaria marcado na história do Japão como o mais espetacular assalto a banco já ocorrido no país.
Um caminhão carregado com cerca de 294 milhões de ienes — o equivalente a mais de 3 milhões de dólares na cotação atual — havia acabado de sair do Nippon Trust Bank, em direção à fábrica da Toshiba, onde o dinheiro seria distribuído aos funcionários como bônus de Natal. No meio do caminho, o veículo foi interceptado por um jovem policial.
O policial, que estava em uma moto, saltou e alertou os funcionários que conduziam o caminhão de que a casa de um dos gerentes do banco havia acabado de ser explodida e que havia informações de explosivos implantados naquele veículo.
Em seguida, o homem se aproximou do caminhão e, em poucos instantes, uma grande nuvem de fumaça começou a sair do veículo. O jovem policial gritou em desespero, pedindo para que os funcionários corressem para se salvar, pois uma dinamite estava prestes a explodir.
Desesperados, os funcionários correram para fora do caminhão, e o suposto policial então entrou no veículo e o dirigiu, levando o dinheiro embora.
Anos mais tarde, durante as investigações, descobriu-se que a fumaça que havia saído do veículo era, na verdade, apenas uma chama acesa pelo próprio assaltante.
O caso foi investigado pelas autoridades japonesas por mais de sete anos, período durante o qual cerca de 118 mil pessoas foram entrevistadas. No entanto, nunca conseguiram identificar o culpado, e o caso acabou prescrevendo sem solução.
Assim, o assalto a banco bem-sucedido se transformou em uma lenda, sendo até hoje lembrado por aqueles que vivenciaram a época. O caso também repercutiu no meio cultural, servindo de inspiração para vários filmes, séries de televisão, livros e mangás.