O editor-chefe da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, publicou nesta segunda-feira (24) uma reportagem em que relata um vazamento de informações sobre o plano secreto do governo dos Estados Unidos contra os houthis, no Iêmen.
Segundo Goldberg, autoridades do alto escalão do governo de Donald Trump o incluíram por engano, no dia 13 de março, em um grupo de bate-papo criptografado no aplicativo de mensagens Signal, intitulado “Houthi PC small group”.
O canal contava com cerca de 18 membros do governo, incluindo o vice-presidente dos EUA, JD Vance, e o secretário de Defesa, Pete Hegseth. Nele, foi compartilhado o plano de guerra, com informações precisas sobre as armas, alvos e a sequência relacionada à operação militar contra houthis, que foi concretizada em 15 de março.
Goldberg contou cronologicamente os fatos desde o convite de conexão enviado por um usuário denominado Michael Waltz, conselheiro de segurança nacional dos EUA, até o momento em que o decide sair do grupo. O jornalista classificou como “chocantemente imprudente” o uso do bate-papo Signal pelo governo Trump para coordenar a ofensiva.
Após a saída do grupo, Goldberg solicitou esclarecimentos sobre a veracidade do sistema a vários funcionários que estariam no canal. De acordo com ele, o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Brian Hughes, respondeu: “Esta parece ser uma cadeia de mensagens autênticas , e estamos revisando como um número inadvertido foi adicionado à cadeia“.
Após a publicação, membros do Congresso americano reagiram. Enquanto os republicanos questionam a segurança do aplicativo de mensagens, os democratas pedem demissões dos envolvidos.
O presidente do Comitê Nacional Democrata, Ken Martin, chegou a solicitar que Pete Hegseth renuncie ou seja demitido do cargo de secretário de Defesa.
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