O Supremo Tribunal Federal (STF) começa 2025 com uma agenda cheia de casos de relevância econômica. Entre os principais temas a serem discutidos estão o Orçamento Federal, a regulação de propaganda de alimentos, questões tributárias bilionárias, emendas parlamentares, debates sobre saúde, apostas e questões ambientais.
Um dos processos mais aguardados é o do Marco Civil da Internet, que pode ampliar a responsabilidade das plataformas digitais por conteúdos publicados por seus usuários. O atual presidente da corte, ministro Luís Roberto Barroso, espera avançar no julgamento do caso antes de sua saída da presidência em setembro.
Ainda no primeiro semestre de 2025, o STF deve decidir a ação que trata das apostas online. Em novembro, o relator do caso, ministro Luiz Fux, afirmou querer medidas jurídicas para proteger os mais vulneráveis e os mais afetados com prejuízos pelas apostas.
Flávio Dino deve concluir as discussões sobre as emendas parlamentares e questões ambientais, incluindo as ações relacionadas às queimadas e incêndios.
Na área tributária, um julgamento importante sobre a incidência do ISS na base de cálculo do PIS/Cofins pode impactar a União em R$ 35 bilhões ao longo de cinco anos.
Em fevereiro, os ministros retomam uma discussão bilionária que envolve a Vale. Trata-se da incidência do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) sobre empresas nacionais controladas no exterior. O caso é avaliado em R$ 20 bilhões.
O STF também deve julgar a competência da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para regular a propaganda de alimentos contratados à saúde, especialmente direcionados a crianças e adolescentes.