A implementação compulsória das normas IFRS S1 e S2, voltadas à sustentabilidade, está no centro das discussões das empresas. Segundo Anderson Constantino, sócio de Auditoria da EY Brasil, “os comitês precisam garantir a divulgação adequada dos dados, alinhada às exigências da CVM”.
Essas normas, que serão obrigatórias para companhias abertas a partir de 2026, exigem esforços coordenados entre diferentes áreas das empresas. Por isso, Constantino destaca que o debate sobre o tema ajuda a medir o preparo das organizações em relação às novas exigências.
Reforma tributária exige planejamento antecipado
Com a transição da reforma tributária prevista para 2026, os comitês de auditoria enfrentam desafios específicos. Entre eles estão os ajustes na precificação de produtos e serviços, além do impacto financeiro das mudanças no crédito condicionado aos pagamentos.
Além disso, as equipes precisam alinhar responsabilidades para garantir uniformidade e transparência durante a adaptação. Constantino observa que, “mesmo com definições pendentes, as empresas precisam começar a adaptação agora”.
Cadeias de suprimentos enfrentam novos riscos
Mudanças climáticas e eventos extremos aumentam os riscos para as cadeias de suprimentos. Ao mesmo tempo, tendências de desaceleração global podem impactar negócios no Brasil, exigindo atenção redobrada.
Além disso, questões como segurança cibernética, digitalização e novas demandas de consumidores devem ser acompanhadas de perto. Para Constantino, estratégias que priorizem a transparência, a colaboração com fornecedores e a adoção de tecnologias são indispensáveis.
Inteligência artificial vai além das equipes de tecnologia
A aplicação da inteligência artificial (IA) já é prioridade em diversas áreas. No entanto, os comitês de auditoria precisam avaliar os riscos associados ao uso da IA.
Segundo Constantino, é essencial garantir conformidade e governança nesse processo. O estudo da EY sugere cinco aspectos principais para os comitês, incluindo a compreensão da tecnologia, o acompanhamento de normas regulatórias e o oferecimento de treinamentos aos funcionários.
Além disso, a integração da IA com ESG e o equilíbrio entre inovação e governança devem ser considerados. Esses pontos visam alinhar as estratégias corporativas e mitigar riscos sociais e ambientais relacionados ao uso da tecnologia.