O preço do café voltou a subir devido ao aumento da demanda global e aos efeitos das condições climáticas extremas. Secas prolongadas e chuvas intensas impactaram a produção em importantes países produtores, como Brasil e Vietnã, gerando preocupações sobre a oferta limitada e as consequências para o mercado mundial. Com informações da Folha de S.Paulo.
Especialistas afirmam que a produção global está enfrentando dificuldades para acompanhar o consumo crescente, especialmente em mercados emergentes como a China, onde o consumo da commodity cresceu mais de 60% nos últimos cinco anos. Segundo Kevon Rhiney, pesquisador da Universidade Rutgers, “as áreas adequadas para o cultivo de café vão diminuir com o tempo”, refletindo os impactos das mudanças climáticas.
No Brasil, maior exportador mundial de café, a recente seca afetou significativamente a produção de grãos arábica, que representa a maior parte da safra global. O Vietnã, principal fornecedor de robusta, também sofreu com uma combinação de estiagem e chuvas intensas, prejudicando o volume exportado e elevando os preços internacionais.
Com essa instabilidade, os preços futuros do café arábica atingiram US$ 7,20 por quilo, o maior valor em 47 anos. Esse aumento afeta diretamente consumidores e torrefadoras, levando empresas como a Nestlé a anunciar reajustes nos preços de seus produtos e redução no tamanho das embalagens.
Scott Conary, presidente da Carrboro Coffee Roasters, destacou que a volatilidade nos preços é preocupante para o setor. “Do ponto de vista da sustentabilidade da indústria, não é saudável”, afirmou, mencionando que custos de transporte e armazenamento também pressionam o mercado.
Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line