O governo de Benjamin Netanyahu e seus aliados de extrema-direita foram alvos de duras críticas do ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert, que também se colocou como incapaz de continuar a defender Israel contra acusações de crime de guerra.

“O que é se não um crime de guerra?”, questionou Olmert em entrevista à CNN norte-americana, destacando que as ações do atual primeiro-ministro e seus aliados “não podem ser interpretadas de outra forma”.

Grande parte das críticas feitas por Olmert foram direcionadas não apenas a Netanyahu, como também aos ministros de extrema direita Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich.

“Espero que este governo desapareça o mais rápido possível”, disse ele à CNN. “Acredito que a maioria dos israelenses está doente e cansada dessas políticas, dessas declarações, de que o terrível dano causado por este governo à integridade moral do Estado de Israel e do povo de Israel.”

O político, que governou Israel de 2006 a 2009, sempre defendeu o Estado israelense contra acusações de limpeza étnica e genocídio na Faixa de Gaza, mas 19 meses depois de uma guerra que o ex-premiê acredita que deveria ter terminado há um ano, ele disse que não pode mais agir de tal maneira.

Dados do Ministério da Saúde palestino em Gaza projetam mais de 54 mil palestinos mortos desde o início da guerra, sendo que pelo menos 28 mil vítimas seriam mulheres e crianças. Em janeiro, as Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram que haviam matado mais de 20 mil combatentes do Hamas.

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Last Update: 28/05/2025