As inovações tecnológicas promovidas por fintechs estão transformando as transações financeiras no Brasil. Entre os destaques, o Pix consolidou-se como o meio de pagamento mais utilizado no país.
De acordo com a Febraban, o volume movimentado por essa modalidade deve alcançar R$ 27,3 trilhões em 2024. Isso representa um crescimento de quase 60% em relação ao ano anterior.
Pix expande funcionalidades e acessibilidade
A evolução do Pix inclui novas funções, como pagamentos por aproximação e operações internacionais. Essas novidades devem ampliar ainda mais a inclusão financeira no Brasil.
Segundo Leo Monte, CEO da CashWay, “o Pix é um exemplo de como soluções acessíveis podem mudar o uso do dinheiro e democratizar os serviços financeiros”. Ele ressalta que a praticidade da ferramenta continuará atraindo novos usuários.
Além disso, o avanço é especialmente relevante em regiões menos atendidas pelo sistema bancário tradicional. Isso reforça seu papel na transformação do mercado.
Open Finance e moeda digital reforçam personalização e segurança
Com o avanço do Open Finance, os dados financeiros de clientes podem ser integrados. Essa integração possibilita a criação de soluções adaptadas às necessidades de cada pessoa.
Além disso, a implementação do DREX, moeda digital do Banco Central, deve aumentar a eficiência das transações financeiras. “Essas tecnologias têm o potencial de transformar a forma como as pessoas se relacionam com o dinheiro”, afirma Monte.
Cartões virtuais e sustentabilidade no mercado financeiro
Daniel Moreira, CEO da Hub4pay, prevê maior adoção de cartões virtuais e modelos digitais em 2025. Ele destaca que essas mudanças reduzem custos e refletem preocupações com sustentabilidade.
“A emissão instantânea de cartões virtuais está criando um mercado mais dinâmico e alinhado às expectativas dos consumidores”, diz Moreira. Essa tendência deve ganhar força no próximo ano.
Startups adotam estratégias financeiras criativas
Para startups, o crescimento com recursos limitados exige planejamento estratégico. Essa abordagem vai além de simples cortes de gastos e prioriza o uso eficiente dos recursos disponíveis.
Fernando Trota, CEO da Triven, sugere o uso do finance hacking como forma de otimizar investimentos. “O desafio não é a falta de dinheiro, mas decisões que prejudicam o crescimento sustentável”, observa Trota.
Entre as práticas recomendadas estão a extensão do tempo de caixa, o planejamento de custos com base em hipóteses e a diversificação das fontes de financiamento.
Mercado imobiliário enfrenta impacto da Selic
O mercado imobiliário deve encarar desafios em 2025, principalmente com a Selic em 12,25% ao ano. Embora o segmento econômico seja sustentado pelo crédito habitacional e pelo programa Minha Casa, Minha Vida, outros setores podem ser mais afetados.
De acordo com Ebran Theilacker, CEO da Versi, os juros altos tendem a limitar o mercado de imóveis voltados para investidores. “O aumento da Selic reduz a atratividade do crédito e pode restringir as vendas, mesmo com a demanda existente”, explica ele.
Além disso, a necessidade de renda para financiamento deve crescer, dificultando a venda de imóveis. Isso pode gerar desafios, especialmente para incorporadoras que atendem à classe média e alta.