A organização norte-americana Voz dos Trabalhadores publicou um artigo defendendo as manifestações golpistas pró-imperialistas na Geórgia. As manifestações ocorreram porque o partido no governo, Sonho da Geórgia, sob pressão, decidiu congelar o processo de adesão ao bloco da União Europeia até 2028.
A oposição, pró-imperialista, liderada pelo então presidente, Salome Zourabichvili, denunciou fraude eleitoral — usando a mesma tática utilizada na Venezuela para tentar deslegitimar o governo de Nicolás Maduro. A tese de fraude eleitoral, porém, foi recusada pelo CEC (o TSE da Geórgia), certificando o resultado em fins de novembro.
A organização “trotskista” defendeu as manifestações, argumentando que a integração à União Europeia seria ruim para a Geórgia e que o governo do Sonho da Geórgia impõe austeridade e trata grupos ambientalistas comunitários como terroristas domésticos.
No entanto, a organização “trotskista” também defendeu a política do imperialismo, argumentando que a Geórgia deve se aliar à Rússia e à China para resistir ao imperialismo europeu.
A organização “trotskista” também defendeu os protestos pró-imperialistas que derrubaram o presidente Aslan Bzhania, da Abecásia, região separatista da Geórgia que quer se reintegrar ao território russo.
A organização “trotskista” criticou a União Europeia, argumentando que suas ações não contribuíram para a causa da democracia na Geórgia e que a UE é uma potência imperialista que não presta contas.
No entanto, a organização “trotskista” também defendeu a ideia de que a classe operária deve apoiar a revolução colorida e os protestos em massa, argumentando que isso é necessário para a luta contra o imperialismo.
Na realidade, a classe operária tem que apoiar a luta da Rússia, da China e do governo da Geórgia contra o imperialismo, que quer expandir a guerra mundial e atacar a Rússia através do país.
A luta não é entre “democracia” e “tecnocracia” ou qualquer outra coisa, mas a luta da classe operária mundial contra o imperialismo mundial.
