A boa relação entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), será testada. Com informações do jornalista Guilherme Amado, do site PlatôBr.
Moraes recebeu em seu gabinete uma representação da Bancada Feminista do PSOL, coletivo de “codeputadas” estaduais do partido em São Paulo, pedindo que o governador seja investigado no âmbito do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado.
A representação é baseada na informação obtida pela Polícia Federal (PF) de que Tarcísio esteve no Palácio da Alvorada em 19 de novembro de 2022, dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria discutido a minuta do golpe com Filipe Martins, então assessor da Presidência.
Segundo os registros apurados pela PF, Martins chegou ao Alvorada às 14h49. A saída do ex-assessor de Bolsonaro não foi registrada.
Tarcísio chegou à residência oficial da Presidência às 17h19 e deixou o palácio às 19h17. O governador nega ter participado da reunião sobre a minuta golpista.
Moraes enviou a representação ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, para que a avalie e apresente um parecer sobre o pedido.
Caso o ministro não decida abrir uma investigação, as “codeputadas” do PSOL pediram que Tarcísio seja convocado a prestar esclarecimentos sobre o que “discutiu e presenciou” no Alvorada naquele dia.