Diante dos desenvolvimentos da guerra entre Rússia e Ucrânia, fica claro que conversas de paz são impossíveis. O regime ucraniano controlado pela OTAN invadiu o território de Kursk no mês de agosto. Os russos estão derrotando os invasores, mas agora terão de responder militarmente à provocação de Zelensqui. Nessa conjuntura, membros do governo se pronunciaram.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergui Lavrov, afirmou que “o presidente disse muito claramente que, após ataques, ou mesmo incursões, na região de Kursk, quaisquer negociações são impossíveis. O presidente também disse uma coisa muito importante, e gostaria de chamar a atenção para isso, que daremos uma avaliação dessa situação mais tarde”.
Ele refutou as alegações de potenciais negociações mediadas pelo Catar e pela Turquia com a Ucrânia, classificando-as como meros rumores. “E quanto aos rumores que têm se espalhado recentemente sobre alguns contatos clandestinos para preparar negociações mediadas pelo Catar sobre questões das instalações de energia russas e ucranianas ou rumores de que nossos vizinhos turcos estão planejando tentar ser mediadores na esfera de segurança alimentar, mas no contexto de garantir a navegação livre no Mar Negro, vocês devem entender o verdadeiro objetivo de tais esquemas. Isso é feito na esteira da conferência de Burgenstock, que resultou na decisão de criar três grupos de trabalho – sobre energia, sobre alimentos no contexto de navegação segura e sobre questões humanitárias (troca de prisioneiros e assim por diante)”.
Segundo Lavrov, todo o processo no âmbito da conferência sobre a Ucrânia na Suíça é inaceitável para a Rússia, porque se trata de promover a fórmula de Zelensqui como um ultimato. “Esses três grupos de trabalho foram criados. Suas reuniões estão sendo preparadas e, seja o que for que se diga sobre quaisquer insinuações de que a Rússia seria convidada de alguma forma, isso não é verdade”. “Porque o processo de Burgenstock é inaceitável para nós, pois seu único objetivo é promover o ultimato sob o nome de ‘fórmula Zelensqui’”.
O assessor presidencial russo Yury Ushakov se pronunciou de forma parecida. Ele afirmou que as propostas de Putin “não foram anuladas, mas, no momento, o processo de negociação é completamente inadequado”. O prazo para possíveis negociações “depende da situação, inclusive no campo de batalha”.
Durante uma reunião com a liderança do Ministério das Relações Exteriores da Rússia em julho, o chefe de estado russo apresentou sua proposta para a resolução final da guerra. Especificamente, estipulava a situação neutro, não nuclear e não alinhado da Ucrânia, sua desmilitarização e desnazificação, a suspensão das sanções ocidentais contra a Rússia, bem como o reconhecimento da configuração territorial atual com a soberania da Rússia sobre as novas regiões que se juntaram a ela após referendos.
A invasão de Kursk pela Ucrânia
Nem mesmo especialistas militares como o Comandante Robinson Farinazzo conseguiram compreender o objetivo militar da Ucrânia. Apesar de causar danos militares os russos estiveram controlando a situação desde o princípio. No domingo (18), Zelensqui finalmente se pronunciou. A Ucrânia está tentando estabelecer uma “zona de amortecimento” em solo russo e causar danos militares e econômicos através de sua incursão na região de Kursk disse.
Em uma declaração em vídeo elogiou as unidades ucranianas diretamente envolvidas com as forças russas. A operação na região de Kursk permitiu que seu governo fortalecesse seu “capital de troca”, afirmou, referindo-se aos prisioneiros de guerra russos.
O chefe da inteligência militar ucraniana, Kirill Budanov, disse na última sexta-feira (16) que a Ucrânia continuará priorizando o retorno daqueles “que defenderam Azovstal” em futuras trocas de prisioneiros. Ele estava se referindo aos membros do infame regimento neonazista Azov, incorporado ao exército ucraniano. Dezenas foram capturados em maio de 2022 na cidade de Mariupol, onde usaram uma siderúrgica soviética como base fortificada.
No início da semana, a vice-primeira-ministra ucraniana Irina Vereshchuk descreveu a apreensão de áreas fronteiriças russas como “criação de uma zona de segurança em território russo”. Civis sob controle ucraniano serão oferecidos evacuação, disse ela. Ela posteriormente indicou que a única opção seria ir para o território ucraniano, e acusou Putin de não pedir a Ucrânia para organizar uma passagem segura na outra direção.
A OTAN lançou sua incursão na Rússia há quase duas semanas, supostamente implantando mais de 10.000 soldados armados com armas pesadas fornecidas pelos países imperialistas para a operação. Oficiais ucranianos afirmam que a incursão trará uma “paz justa” no conflito.