O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se reuniu ontem com líderes da oposição independente para formar a Frente Nacional pela Paz antes das eleições presidenciais de 28 de julho. Durante a reunião, o presidente destacou “a importância do diálogo e da cooperação para a estabilidade e o desenvolvimento da Venezuela”.
Os líderes da oposição presentes foram Adrián Azuaje, prefeito do município “Obispos”, estado de Barinas; Eduardo Negrette, prefeito do município “Samuel Darío Maldonado” (La Tendida), estado de Táchira; Jesús Méndez, prefeito do município “Píritu”, estado de Anzoátegui; Juan Carlos Zamora, prefeito do município de “Tinaco”, estado de Cojedes; Sulme Ávila, prefeito do município de “Juan Germán Roscio” (San Juan De Los Morros), estado de Guárico; Luis Pinto, prefeito do município de “El Socorro”, estado de Guárico; Carlos Prosperi, líder político da oposição; e Daniel Coronel, líder da juventude de Carabobo.
O líder da juventude de Carabobo, Daniel Coronel, aproveitou a oportunidade para enviar uma mensagem a “todos os jovens fora do país” e lembrá-los de que a situação econômica na Venezuela “melhorou consideravelmente” e que agora é possível “dar um futuro a esses jovens”. Coronel acrescentou: “Sabemos que esta não é a mesma situação de 2013”.
Adrián Azuaje, prefeito do município de “Obispos”, disse que, como representante das planícies ocidentais, eles só querem “trabalhar pela Venezuela”. Luis Pinto, prefeito de El Socorro, pediu ao presidente apoio para os pequenos agricultores “que não semeiam há anos”. Méndez, prefeito do município de “Píritu”, estado de Anzoátegui, expressou sua confiança no voto: “Fui eleito pelo voto e acredito na paz, na reconciliação, acredito na política em que se buscam pontos de encontro e em que as necessidades do povo são consideradas”. Sulme Ávila, prefeito de San Juan de los Morros, enfatizou a necessidade de trabalhar pela paz: “Chega de ódio, chega de maldade”. Juan Carlos Zamora, prefeito do município de “Tinaco”, considerou essa reunião necessária e lembrou que foi formado nas fileiras da revolução e, depois de conhecer “a verdade” da oposição, decidiu voltar.
Maduro afirmou que seu governo “apoiará os projetos dos líderes da oposição em seus municípios”. Ele também enfatizou que a recuperação econômica do país foi possível “graças ao esforço e à resistência” do povo venezuelano. “Se o país está se recuperando hoje, é graças às pessoas que se levantaram, inovaram, criaram, trabalharam e não desistiram”, disse Maduro, enfatizando que a Venezuela tem um sistema econômico robusto e estável, com o bolívar recuperando seu valor histórico.
Maduro também anunciou a assinatura iminente de um decreto para “promover a paz no país”, que incluirá um acordo nacional sobre questões comerciais, culturais, políticas e de segurança. Em seu discurso, Maduro elogiou a coragem dos oponentes independentes e suas mensagens em favor da paz. “Sempre haverá diferenças, posições, posições, somos apenas um átomo na história da humanidade e um átomo na história do país”, disse ele.
No final de seu discurso, o presidente enfatizou a importância do bem comum e a necessidade de deixar de lado os interesses individuais para o bem-estar do país. “Todos nós somos transitórios no cargo, na liderança; mas o tempo em que estamos no cargo deve ser para o bem, para ajudar e apoiar causas nobres”, concluiu Maduro.
