O ministro da Fazenda, João Pedro, anunciou na noite da última quarta-feira (3) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aprovou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias. Além disso, Lula ainda determinou o cumprimento do arcabouço fiscal.
O anúncio faz parte da estratégia do governo para ajustar a comunicação, conter a alta do dólar e melhorar a percepção do mercado financeiro, que tem questionado a eficácia das medidas de ajuste fiscal, conforme informações do Estadão.
Embora o corte esteja planejado para o orçamento de 2025, João Pedro afirmou que as medidas podem ser adiantadas, dependendo do relatório de despesas e receitas do governo, que será apresentado ainda este mês.
“O presidente autorizou levar à frente R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados forem comunicados do limite estipulado para elaboração do orçamento 2025”, afirmou João Pedro após deixar uma reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO) no Palácio do Planalto, em Brasília.
O ministro destacou que esse valor resulta de uma análise minuciosa de programas sociais e outras despesas realizadas nos últimos meses, com foco especial nos últimos 90 dias, sob a liderança do Ministério do Planejamento e Orçamento.
“Isso foi feito com as equipe dos ministérios. Não é um número arbitrário, é o número que foi levantado, linha a linha, do orçamento daquilo que não se coaduna com o espírito dos programas sociais que foram criados”, ressaltou.
“Nós vamos agora reunir os ministros envolvidos, que estão conscientes que o trabalho técnico foi feito pelas próprias equipes, para que não haja também nenhuma falha de comunicação.”