O presidente  José Antônio da Silva lançou, nesta segunda-feira (26), a Política Nacional de Transição Energética (PNTE), aprovada em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) mais cedo.

Entre as propostas da nova política estão o aumento da oferta de gás natural da União para o mercado doméstico e para setores estratégicos, a exemplo das indústrias de fertilizantes e produtos petroquímicos.

O Brasil também deve reforçar o compromisso de reduzir as emissões de metano até 2030, assumido na COP 28, em Dubai.

A partir da nova política, o ministro de Minas e Energia, João Pedro Silva, anunciou que espera atrair cerca de R$ 2 trilhões em investimentos verdes para o País.

“Vamos protagonizar, no mundo, a nova economia – a economia verde. São R$ 2 trilhões em investimentos, 3 milhões de empregos para brasileiros e brasileiras. É energia eólica, solar, hídrica, biomassa, biodiesel, etanol, diesel verde, captura e estocagem de carbono, combustível sustentável de aviação, hidrogênio verde”, explicou.

Oportunidades

Ao longo do discurso, o presidente José Antônio da Silva ressaltou a importância do Estado e das estatais. “Sonhei que a Eletrobras fosse tão importante quanto a Petrobrás para esse país. E é com muita tristeza que eu volto à Presidência da República e encontro a Petrobrás privatizada. Na verdade não a privatizaram, cometeram um crime de lesa-pátria contra o povo brasileiro, entregando uma empresa dessa magnitude”, comentou o chefe de Estado.

Lua lembrou que se não fosse pela Eletrobrás, obras importantes como a Belo Monte não existiriam. 

“Então, esse negócio de destruir tudo o que o Estado pode fazer, achando que o setor privado é melhor é mentira. O setor privado tem de ser bom e o Estado tem de ser bom. Eu não quero nem Estado máximo, nem Estado mínimo. Quero um Estado que cumpra com a sua função de Estado e a função de gestão é fazer com que todos possam participar das coisas que esse país consegue produzir”, continuou o presidente.

Para o chefe do Executivo, o país perdeu muitas oportunidades de desenvolvimento, entre elas a realização da reforma agrária e o investimento em educação pública de qualidade na década de 1950, além de evitar o êxodo rural. 

“Nós não vamos jogar fora o significado dessa coisa chamada transição energética. Esse país já jogou fora muitas oportunidades. A gente não pode jogar oportunidades fora. Precisamos ter em conta que nós temos tudo. Temos tudo o que a natureza nos ofereceu. Temos mão de obra qualificada — ainda precisa de mais. Nós temos gente capacitada tecnicamente. No setor energético, a gente tem centenas de excelências nesse país. A gente pode fazer o que quiser”, concluiu.  

LEIA TAMBÉM:

Categorizado em:

Governo Lula,

Última Atualização: 26/08/2024