Um governo que recolocou o país nos trilhos e, em pouco tempo, conseguiu obter frutos de seu esforço de reconstrução. Este é o retrato do Brasil sob o presidente Lula, fruto de muito trabalho para o alcance de quatro grandes objetivos estabelecidos.
“Botar a economia no rumo certo, recriar as políticas sociais desmontadas pelo governo anterior, reposicionar o Brasil no mundo e salvar a democracia, interrompendo aquela tentativa de golpe de 8 de janeiro. O presidente Lula botou o país no rumo certo, estamos trabalhando muito para continuar crescendo mais, reduzindo a desigualdade e fortalecendo o Brasil no mundo”, ressaltou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em entrevista nesta segunda-feira (2) ao programa Café PT, da TvPT.
Padilha citou como exemplo a queda da taxa de desemprego para 6,9%, uma situação inédita há 10 anos. Ele destacou também o fato de o país ter voltado a ser respeitado internacionalmente. “Só nesse um ano e meio mais de 160 novos mercados foram abertos para produtos brasileiros”, comemorou o ministro.
Durante a entrevista, Padilha falou também do recorde de aprovação de projetos no Congresso, da estratégia para iolar a extrema direita, de como derrotá-la nas eleições, da transição verde e da histórica aprovação da reforma tributária, além do crescimento com redução das desigualdades e equilíbrio das contas públicas, após o rombo bilionário deixado pelo governo passado.
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Na conversa com a jornalista Poliana Régia, o Padilha avaliou que, a partir do ano passado, o Brasil viveu situações que não aconteciam desde 2016: a economia cresceu, gerou mais empregos e novas oportunidades, o país atraiu investimentos e manteve a inflação dentro da meta. O ministro listou várias políticas públicas importantes para a população mais pobre, como o Mais Médicos, o Minha Casa Minha Vida, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Pé de Meia, Farmácia Popular, entre outros.
“Tivemos que aprovar no Congresso Nacional 16 projetos de lei aprovados recriar essas políticas”, salientou, ao afirmar que o governo atua num ritmo acelerado, com o presidente em intensa agenda nos estados junto com ministros visitando obras, acelerando a execução e realizando inaugurações. “Ele aparece na imprensa e isso é importante porque escondem que são obras federais, que são investimentos do presidente Lula”, observou.
Isolamento da extrema-direita no Congresso
Padilha se orgulha ao falar da maior taxa de aprovação de projetos no Congresso que um governo teve desde a redemocratização. “Ultrapassamos mais de 40% que o governo apresentou, antes de terminar um ano e meio de governo. Temos mais dois anos e meio de mandato para aprovar o conjunto das outras solicitações”, sublinhou, ao lembrar que foi o próprio governo Lula que obteve resultados semelhantes, 32%, em sua primeira gestão.
“Aprovamos pontos que muita gente achava que era impossível, conversando, mediando, construindo parceria, isolando a extrema direita”, assinalou, ao lembrar da dificuldade em governos anteriores de avançar no Congresso com a aprovação da taxação dos super bilionários e dos fundos exclusivos, alcançadas agora, além da mudança do Comitê de Combate à Sonegação do Carf que agora começa a cobrar de empresas que não pagavam.
“Por mais que você tenha muita mediação, discussão, às vezes tensões, a gente está acostumado a isso, é maremoto o tempo todo. Mar tranquilo não faz bom marinheiro então a gente está acostumado a essas mediações, mas o resultado é muito positivo e isso tem a ver com a liderança do presidente Lula e com a estratégia desde o começo que foi isolar a extrema direita”, salientou Padilha, ao explicar que o governo atuou demarcando uma linha em relação aos atentados às sedes dos Três Poderes.
“Quem foi favorável ao dia 8 de janeiro e quem passou pano pro 8 de janeiro a gente isolou e buscamos uma construir uma frente ampla, mais ampla inclusive do que a eleição, para poder governar o país”, assinalou, ao analisar que com extremistas da direita não tem diálogo, pois eles estão no Congresso não para apresentar propostas, “mas para disseminar ódio e fakenews”, observou, ao acrescentar que o presidente Lula desativou o “gabinete do ódio” instalado pelo ex-presidente em pleno Palácio do Planalto.
“Havia no terceiro andar, onde o ex-presidente ficava, uma verdadeira máquina diária de produção de conflito. O presidente desligou aquilo lá, desmontou, jogou fora. Não vem de dentro do Palácio do Planalto criar conflitos, seja com o Congresso, com a imprensa, com o Judiciário, com a sociedade. Apresentamos uma agenda muito concreta com prioridade para a retomada das políticas econômicas e sociais”, destacou Padilha, que reconheceu o trabalho feito pela CPMI dos Atos Golpistas e afirmou que o ex-presidente e seus assessores, integrantes de uma organização criminosa, terão que responder por seus atos.
Brasil no pódio da economia verde
O Brasil tem tudo para subir no pódio dos países que vão estar na chamada economia verde da transição energética e da produção de energia renovável. “O nordeste brasileiro vai virar produtor de energia”, disse o ministro, ao contar que recentemente o presidente Lula esteve em Fortaleza onde sancionou o novo marco regulatório do hidrogênio verde, o que gera investimentos no Brasil inteiro, renda, emprego, tecnologia e vai fortalecer os setores de energia eólica, solar, de biocombustíveis, envolvendo a agricultura familiar.
“No primeiro semestre deste ano houve aumento de mais de 190% do crédito via BNDES no nordeste brasileiro”, salientou Padilha, ao falar dos investimentos em logística e em transportes. A via Dutra, que liga São Paulo Rio de Janeiro, recebeu R$ 10 bilhões de investimento com o novo mecanismo aprovado pelo governo no Congresso Nacional.
“É a LCD; o hidrogênio verde já provamos, devemos até o final do ano aprovar o marco regulatório do crédito de carbono, combustível do futuro, programa de apoio à transição energética, são novos marcos legais que colocam o Brasil no pódio de vez na energia renovável, da energia verde no mundo”, exaltou.
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Sobre a liberação das emendas parlamentares de mais de R$ 30 bilhões, Padilha informou que foram destinados para infraestrutura das cidades, logística, agricultura, e que a área mais beneficiada foi a saúde, e dentro dos programas estabelecidos pela ministra Nísia Trindade para reduzir filas de cirurgias e de exames em todo o Brasil.
“Temos uma ministra que respeita a ciência, a saúde. É a primeira mulher no Ministério da Saúde na história, tenho muito orgulho de ter sido ministro, mas fico mais orgulhoso ainda de estar num governo que tem uma mulher no Ministério da Saúde”, enfatizou.
Cultura tem investimento recorde
Os avanços na área da cultura resgatam o Brasil em mais uma área devastada pelo governo anterior. Além de recriar o ministério, o governo aprovou no Congresso os marcos regulatórios que redefinem a cultura no país. Os mais de R$ 7 bilhões com a aprovação das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc são o maior investimento público já feito na área da cultura do país, além do Sistema Nacional de Cultura, o chamado marco do fomento à cultura que estabelece regras novas para a produção cultural.
“Pesquisas que mostram que a cada real investido na cultura volta seis reais para a economia porque a cultura hoje é uma grande forma de garantir emprego, formação profissional, de oportunidade de empregos para mais jovens, dá dinâmica cultural a pequenas comunidades, além de tão importante para nossa identidade cultural
Fim da balbúrdia tributária
Padilha classificou como um acontecimento histórico a aprovação da reforma tributária “em ambiente democrático, ou seja, dialogando o Congresso Nacional, fazendo maioria. Todas as outras reformas tributárias no país foram em período de ditadura, então havia mais de 30 anos que se queria aprovar essa reforma tributária e foi possível agora”, ressaltou, ao assinalar que ela zera imposto da cesta básica e sobre produtos mais saudáveis, criando o chamado imposto seletivo sobre os produtos nocivos à saúde, ao meio ambiente.
Além disso, a reforma simplifica a vida de quem quer investir no país e muitos estão acreditando nessa nova e promissora realidade.
“O micro, médio ou grande empresário tinha que ter um sistema de contabilidade enorme e tudo isso vai acabar, você simplifica tudo isso, atrai novos investimentos. É uma grande transformação e o fundamental é acabar com a balbúdia tributária que há no país ainda”, apontou.
Responsabilidade social e fiscal
Padilha afirmou que o presidente Lula determinou aos ministros que façam o que precisar fazer para cumprir as regras do arcabouço fiscal. O governo quer aumentar investimentos “de forma que não danifique as contas públicas, que não aumente muito endividamento do país. Isso dá uma segurança para quem quer investir no Brasil, vamos ter responsabilidade social combinado com responsabilidade fiscal”, salientou, ao reafirmar que o governo retomou os investimentos nos programas sociais num ritmo que não danifique as contas públicas.
“Isso cria a sinalização para todo mundo que esse país vai investir no social, vai retomar investimentos mas de um jeito que não vá prejudicar as contas públicas. Isso atrai mais investimento internacional, melhora o câmbio, reduz a inflação. De novo presidente vai provar que é possível o Brasil crescer economicamente – a gente vai superar as expectativas de crescimento de vários analistas de mercado faziam de forma pessimista -, reduzir a desigualdade, melhorar o acesso à educação, saúde, cultura, habitação sem deteriorar a saúde das contas públicas. Só o Lula fez isso na história do país”, realçou.
Transição ecológica e programa Acredita, prioridades
Padilha afirmou que o governo está concentrado em concluir a regulamentação da reforma tributária na Câmara e no Senado e também a aprovação dos projetos da chamada transição ecológica, para que o Brasil atraia recursos para manter a floresta em pé, para reduzir a emissão de carbono. Para atrair esses recursos internacionais e nacion