O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, na sexta-feira 19, a liberação de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de 10,75 bilhões de reais, para obras e intervenções na Via Dutra e na Rio-Santos.
Os valores serão destinados para a construção de novas pistas na Serra das Araras e para a duplicação de trechos da BR-101.
Os investimentos preveem a expansão de 40% na capacidade das rodovias, com a criação de 780 km de novas faixas. O projeto, segundo o Planalto, tem potencial de gerar 40 mil empregos durante a implantação e de mais de três mil postos após a conclusão.
Os recursos para as melhorias serão aportados via financiamento do BNDES à concessionária CCR, nova operadora da Via Dutra e da Rio-Santos.
“Quando a gente vê uma empresa aceitar a fazer o investimento, como a CCR está fazendo na Dutra, a gente é obrigado a dizer que, cada vez menos, quem sabe, a gente vai precisar de dinheiro do orçamento público para fazer as obras de infraestrutura desse País”, disse o presidente durante o anúncio.
Lula ainda aproveitou o discurso para criticar o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que fez investimentos ínfimos na área de infraestrutura do Estado.
“Eu sempre pergunto, por onde eu passo, qual foi a obra de infraestrutura realizada pelo cidadão que governou esse País nos últimos 4 anos? Eu vou começar a oferecer um prêmio para quem disser uma. Esse País foi abandonado”, disse.
Lula afirmou que nesses 18 meses frente à Presidência da República, o objetivo principal era recuperar a credibilidade do Brasil perante o mundo.
O presidente citou as viagens que fez durante esse início de mandato e as reuniões em que foi convidado a participar. Ele informou, porém, que deve reduzir o ritmo das viagens internacionais e focar em agendas pelo interior do País.
“A partir de agora é o mundo que vem ao Brasil. Nós estamos fazendo o G20 e serão feitas 67 reuniões até a reunião presidencial no fim de outubro. Depois teremos aqui os BRICS e a COP 30, em Belém”, disse.