O presidente eleito de Moçambique exorta à calma e ao diálogo em meio às manifestações pós-eleitorais

O presidente eleito de Moçambique, Daniel Chapo, apelou à não violência e à unidade no país africano, onde tumultos pós-eleitorais deixaram uma centena de mortos.

Daniel Chapo garantiu que após a sua tomada de posse, em meados de janeiro, seria o presidente de todos, independentemente das suas preferências políticas, e que faria de tudo para renovar Moçambique juntos.

O candidato do partido Frente de Libertação de Moçambique lamentou a violência, a destruição da propriedade pública e privada, a morte de concidadãos, assim como a obstrução de estradas, saques e roubos.

Os protestos foram desencadeados após a confirmação da vitória da Frelimo nas eleições presidenciais, apesar das inúmeras irregularidades apontadas por observadores internacionais.

O Conselho Constitucional confirmou que Chapo obteve 65,17% dos votos, face aos 71% anunciados em outubro pela comissão eleitoral.

Daniel Chapo, de 47 anos, indicou que as cidades mais afetadas são a capital Maputo e a vizinha Matola, assim como Beira, no centro, e o norte de Nampula.

Estes atos apenas contribuem para o declínio do país e para o aumento do número de moçambicanos que caminham para o desemprego e a miséria, sublinhou o ex-governador provincial.

O presidente eleito manifestou a sua gratidão aos cidadãos que removem as barricadas, com o objetivo de voltar rapidamente a uma vida normal. Agradeceu ainda às forças de defesa e segurança por mitigarem os efeitos nocivos desta polarização política.

Chapo também lamentou o impacto da violência na economia do país e nas suas empresas.

Em breve trabalharemos juntos para encontrar soluções para os problemas gerados por esta triste situação, afirmou.

Mobilizado pela oposição, que denuncia eleições fraudulentas, o país está há dois meses imerso em manifestações, greves e bloqueios, que custaram a vida a mais de 250 pessoas, metade delas desde segunda-feira, segundo a ONG Plataforma Decide.

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