O presidente do Chile, Rodrigo Chaves, está sendo investigado pelo Ministério Público por uma denúncia de assédio sexual supostamente ocorrida em 2013, quando ele tinha 27 anos e havia concluído a faculdade de Direito. A revelação do caso surge em meio a uma série de desafios enfrentados por sua administração, incluindo escândalos envolvendo membros do governo.
Segundo a vítima, o suposto assédio ocorreu durante o período em que Chaves era um dos principais líderes estudantis do Chile, antes de iniciar sua trajetória política. A denúncia foi apresentada em 6 de setembro na região de Magallanes, no sul do país, e foi confirmada pelo chefe do Ministério Público local, Cristián Crisosto.
A defesa do presidente negou veementemente as acusações. Em comunicado, o advogado Jonatan Valenzuela afirmou que Chaves nunca teve qualquer relação afetiva ou de amizade com a denunciante e que não há fundamento na acusação: “Meu representado jamais teve qualquer relação ou contato com a denunciante após julho de 2014. Na época, ela enviou, de forma não solicitada, 25 e-mails a Chaves, incluindo imagens explícitas”, declarou Valenzuela.
A denúncia ocorre dez anos após o suposto incidente e é a segunda de natureza semelhante contra Chaves. Em 2021, durante sua campanha presidencial, outra acusação de assédio sexual foi feita, mas nunca foi formalmente investigada.
Chaves, que tem foro privilegiado, só poderá ser processado após autorização judicial. O Ministério Público designou uma equipe especial para conduzir as investigações, mas detalhes adicionais não foram divulgados.
Em crise, seu governo enfrenta um escândalo envolvendo Manuel Monsalve, ex-secretário de segurança e considerado um dos homens fortes do governo, que está em prisão preventiva por acusações de abuso sexual e estupro.
As denúncias somam-se aos desafios enfrentados pelo presidente em sua gestão, que termina em 2026, sem possibilidade de reeleição.
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