O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o Comitê de Política Monetária aumentará a taxa básica de juros se julgar necessário. Isso ocorrerá, segundo ele, se os dados econômicos apontarem a necessidade de uma política mais contracionista.
O mandato de Campos Neto no comando do BC termina em dezembro. Até aqui, o principal cotado para substitui-lo é o atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo – o presidente Lula, porém, ainda não confirmou a indicação.
“Se precisar subir juros, vamos subir juros”, disse Campos Neto em um evento organizado em São Paulo pelo BTG Pactual. Ele declarou ainda que os diretores continuarão a perseguir a meta de inflação.
A próxima reunião do Copom ocorrerá em 18 de setembro. No fim de julho, o comitê decidiu, por unanimidade, manter a Selic em 10,5% ao ano. Com isso, repetiu-se a conclusão da reunião anterior, de 19 de junho, ocasião em que os diretores encerraram um ciclo de cortes iniciado em agosto de 2023.
O País fechou o último encontro do Copom como o terceiro colocado na lista das mais altas taxas reais de juros, conforme um ranking atualizado pela consultoria MoneYou. Em primeiro lugar no cálculo, que desconta a inflação, está a Turquia, com 12,13%, ante 7,55% da Rússia e 7,36% do Brasil.