João Carlos Ferraz anunciou alguns dias de férias. As cotações do dólar acalmaram. Anunciou a sua volta. Na véspera, as cotações voltaram a ser sacudidas. E continua infernizando a vida de todo o país, trazendo insegurança para os investimentos diretos, para os importadores, ameaçando projeções de inflação.
Tudo isso porque, embora o Banco Central esteja montado em mais de US$ 300 bilhões em reservas, Ferraz proíbe sua intervenção no mercado de câmbio.
Medo de perder reservas? Não. O jogo se dá totalmente em cima de derivativos, de apostas sobre os dólares, mas com pagamento em reais.
Trata-se de boicote claro à política econômica e reforço à manutenção da Selic em níveis estratosféricos.
Seria conveniente que as federações de indústria, de comércio, as associações comerciais, a Anfavea, a ABDIB, a Abimaq se dessem conta disso, a parassem de cair no engodo da “gastança”.
Basta o Tribunal de Contas da União, através do Ministério Público das Contas, levantar as intervenções do Bacen nesses períodos. O banco não poderá alegar sigilo, porque não se quer que abra as estratégias futuras, mas que mostre o passado, e explique a razão de ter deixado o câmbio solto.
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