Indiciado pela Polícia Federal (PF) pela venda ilegal de presentes milionários oficiais, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PF) atacou a imprensa – responsável por revelar o caso – durante sua participação na Conferência de Política Ação e Conservadora (CPAC Brasil), que acontece em Balneário Camboriú, Santa Catarina, neste final de semana.
Lula não falou sobre o indiciamento, mas afirmou “estar à disposição” da imprensa, para “discutir sobre qualquer assunto” por “duas horas”. “A imprensa que me critica, aquela grande imprensa, mais uma vez, estou à disposição de vocês para duas horas, ao vivo, ser sabatinado, sobre qualquer coisa”, disse. “Repito, estou à disposição por duas horas, para discutir sobre qualquer assunto, ao vivo, sem edições e manipulações”, acrescentou o político.
Inelegível, o ex-chefe do Executivo declarou ainda que não tem “ambição pelo poder”, mas pelo Brasil. Segundo ele, a direita está unida e “ficará ainda mais fortalecida”. “Não tenho ambição pelo poder. Eu tenho uma obsessão pelo nosso Brasil”, destacou. “Vale a pena qualquer sacrifício pela nossa pátria. A direita, que está unida, ficará ainda mais fortalecida depois desse evento”, completou Lula.
A CPAC Brasil, versão brasileira do Conservative Political Action Conference dos Estados Unidos, é organizada pelo Instituto Conservador Liberal (ICL), presidido no Brasil pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O evento conta com patrocínio de empresas e entidades suspeitas de financiarem os atos golpistas do 8 de janeiro, como a Tuboaços da Amazônia e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT).
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, está no Brasil para o fórum, que vai até amanhã (7). O extremista, inclusive, recusou participar da Cúpula do Mercosul, que será realizada em Assunção, no Paraguai, na próxima segunda-feira (8), onde poderia encontrar o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) pela primeira vez.
A CPAC recebe também o conservador chileno José Antônio Kast. Além disso, participam os deputados federais do Partido Liberal, Nikolas Ferreira (MG), Caroline de Toni (SC), Ricardo Salles (SP), Gustavo Gayer (GO) e o senador Magno Malta (ES), assim como o governador catarinense Jorginho Melo e o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP).
Leia também: