Mesmo com 76% dos brasileiros contrários à proposta (segundo pesquisa Datafolha), o Senado se prepara para votar a ampliação de cadeiras na Câmara dos Deputados, empurrada pela articulação do presidente da Casa, Hugo Motta (foto/reprodução internet). O projeto, que aumenta de 513 para 531 o número de parlamentares e deve custar R$ 64,6 milhões a mais por ano, ignora a determinação do STF de apenas redistribuir as vagas com base nos dados do Censo. Mas por que tirar cadeiras de estados com população em queda se é possível simplesmente inflar o Congresso? Davi Alcolumbre, presidente do Senado, já sinalizou que a matéria voltará à pauta nos próximos dias. Entre o interesse público e o conforto das bases eleitorais, parece que a escolha de alguns parlamentares continua bastante previsível: o próprio interesse.
