O PIB brasileiro registra aumento de 5,4% em outubro em relação ao mesmo período do ano anterior, e prevê uma expansão de 3,5% em 2024

A atividade econômica brasileira registrou crescimento de 5,4% em outubro de 2024, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo o Monitor do PIB, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

Crescimento robusto e tendência positiva

Os dados do Monitor do PIB mostram que a economia brasileira sustenta uma tendência de crescimento robusto. Na análise dos últimos 12 meses até outubro, o indicador acumula alta de 3,4%, reflexo do bom desempenho de setores como serviços, indústria e consumo das famílias. A expansão interanual, de 5,4%, traz o melhor resultado registrado em 2024, o que explica as projeções otimistas.

Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB-FGV, destacou que a retração pontual em outubro é resultado do fraco desempenho da agropecuária e de uma estagnação na indústria e nos serviços. “De qualquer maneira, a economia segue dando sinais de crescimento. Essa retração é insuficiente para gerar preocupação”, explicou.

Para o coordenador do Núcleo de Contas Nacionais (NCN) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), Claudio Considera, os impactos sazonais e oscilações pontuais não alteram o quadro de crescimento. “O Monitor mostra uma taxa anualizada acima de 3% e está subindo. Que teremos crescimento acima de 3%, isso é certo, mas podemos chegar a mais de 3,5%”, afirmou.

Fatores que sustentam

De acordo com os analistas, o desempenho positivo tem sido impulsionado principalmente pelo mercado de trabalho aquecido, pelo aumento da renda e pela ampliação do consumo das famílias, que subiu 4,9%. O consumo do governo também apresentou alta de 2,9% no mesmo período.

Do lado da oferta, a FGV apontou crescimento de 3,7% tanto nos serviços, que representam quase 70% do PIB, quanto na indústria. Além disso, a formação bruta de capital fixo, indicador que mede os investimentos, avançou 5,2% em 12 meses, refletindo a confiança na condução da economia.

No setor externo, as exportações cresceram 4,3% no acumulado em 12 meses, mas as importações apresentaram um ritmo mais acelerado, com alta de 12,7%. Segundo Claudio Considera, o aumento nas importações está relacionado ao bom momento da indústria, que ampliou suas compras externas de máquinas e equipamentos para atender à demanda aquecida.

O problema dos juros altos

Apesar do cenário otimista para 2024, os especialistas alertam que o desempenho econômico em 2025 dependerá do impacto da política monetária do Banco Central, que recentemente aumentou a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual. “Os juros em alta vão atrapalhar um pouco o crescimento”, explicou Claudio Considera. “O ritmo da economia em 2025 vai depender muito do impacto dos juros no consumo, que hoje é o grande motor do crescimento”.

No entanto, no que depender do trabalho e das políticas desenvolvimentistas e sociais do governo Lula, o Brasil continuará não somente crescendo e “surpreendendo” os analistas, mas dividindo a riqueza para construir um país cada vez mais próspero e justo.

Da Redação

Artigo Anterior

Lindbergh solicita esclarecimentos da Defesa sobre detenção de Braga Netto no quartel

Próximo Artigo

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra discute problemas ecológicos no 34º Encontro Estadual em São Paulo

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter por e-mail para receber as últimas publicações diretamente na sua caixa de entrada.
Não enviaremos spam!