O general João Lourenço Cid. Foto: reprodução

O general João Lourenço Cid, pai do tenente-coronel João Cid, usou a estrutura do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) em Miami, nos Estados Unidos, para negociar as joias sauditas vendidas ilegalmente por assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A conclusão foi alcançada por meio de uma investigação interna da Apex, finalizada nesta sexta-feira (12), conforme informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Nomeado por Bolsonaro como chefe do escritório da Apex em Miami, Lourenço Cid permaneceu no cargo até o final do governo. Em abril deste ano, após prestar depoimento à Polícia Federal (PF) sobre o inquérito das joias sauditas, a Apex iniciou uma sindicância sobre a gestão do general. Foram coletados 16 depoimentos, e o relatório resultante será enviado à PF, ao STF e ao Tribunal de Contas da União.

De acordo com a investigação interna, Lourenço Cid usou amplamente a estrutura da Apex para a operação de recompra das joias recebidas da ditadura saudita, tanto durante seu mandato quanto após sua saída.

Em janeiro de 2023, já sob o governo Lula, o general continuava frequentando o escritório e utilizando celular e notebook funcionais. Foi com o celular funcional da Apex que Lourenço Cid fotografou as joias apresentadas ao governo brasileiro, posteriormente vendidas ilegalmente pelo entorno de Bolsonaro. Ele também usou o aparelho do governo para compartilhar essas imagens.

Reflexo do pai de João Cid em foto usada para negociação de escultura vira prova para PF | GZH
Reflexo de Lourenço Cid em foto usada para negociação de presente saudita. Foto: reprodução

Enquanto ainda era chefe do escritório da Apex em Miami, em agosto de 2022, Lourenço Cid recebeu o corretor de imóveis Cristiano Piquet, da empresa Piquet Realty, em seu gabinete. Segundo a PF, Piquet ajudou Bolsonaro a se hospedar em Orlando e também transportou uma mala com as joias de Orlando para Miami em janeiro de 2023.

Vale destacar que o general da reserva foi indiciado pela PF por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Em depoimento à corporação, Lourenço Cid admitiu ter entregue a Bolsonaro US$ 68 mil arrecadados com a venda das joias recebidas pela Presidência.

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Última Atualização: 12/07/2024