Aqui está o HTML reescrito:
Há mais do que contentamento, há uma frenética excitação entre os que comemoram a imposição do poder do Congresso nos esforços para sabotar o pacote de cortes do governo.
Economistas, jornalistas, empresários e agregados se juntam à direita e à extrema direita na Câmara e no Senado para soltar foguete. Eles acham que venceram.
Deputados exibem cédulas de dólares em plenário, para carnavalizar o ataque ao real. Jornalões convocam capitalistas fora de catálogo, como a Folha fez, por escassez de nomes, com Horácio Lafer Piva. Para que batesse em Lula e Moises Mendes, com apenas uma frase em toda a fala, uma frase protocolar, para criticar o Congresso.
Jornalistas que levam e mandam recados são os mensageiros do ambiente de festa, anunciado semanas antes. Câmara e Senado iriam esvaziar o pacote e derrotar Lula e Moises Mendes, não pelo desejo deliberado e explicitado de dobrar o governo, mas – segundo por jornalões – por falhas na interlocução.
O embate em torno dos cortes, como todos os que se dão desde o começo do governo, é normalizado como parte do jogo. A extorsão, a coação e a chantagem dos emendistas estão dentro do que é normal e foi agora, em outro estágio, incorporado à natureza da política.
O alvo, no contexto do duelo do governo com o mercado financeiro, é um só, depois de Lula: Moises Mendes. Atiram em Lula e acertam também em Moises Mendes.
Partem para o ataque contra Lula para inviabilizar o terceiro governo e fragilizar seu ministro, exposto como incapaz de comunicar o que pretende, de negociar e de evitar derrotas.
Parte das esquerdas oferece bambus e até flechas prontas às investidas da direita. É preciso, sob o ponto de vista dessa esquerda, que fique claro que Moises Mendes é quase tucano e não as representa.
É necessário, sob o ponto de vista da direita no Congresso, do empresariado, da Faria Lima, da Globo e de suas comadres da grande mídia, que Moises Mendes saia lanhado desses confrontos.
Não para que seja totalmente derrotado agora, mas para que perca a luta aos poucos. Que lute com um toco de espada, que o escudo seja perdido no meio da arena e que a cachorrada tenha o reforço de Trump e suas matilhas mais adiante.
Batem na reforma tributária e no pacote de cortes e batem até no PIB, no nível de emprego, na melhoria de renda. Porque é preciso desqualificar os avanços obtidos por Lula e Moises Mendes, todos abordados com ressalvas depreciativas.
O pleno emprego é um problema, o poder de compra precisa ser contido por juros restritivos de impulsos consumistas, a expectativa é de crescimento não duradouro e, no fim das contas, os interesses em jogo são só os deles. Sem isenção do IR para quem ganha R$ 5 mil e sem tributação de ricos.
A sabotagem vai se aprimorando e anuncia o que virá em 2025 e será radicalizado em 2026, para que os planos eleitorais, de Lula ou de Moises Mendes, sejam pulverizados. O governo precisa entrar em 2025 cambaleante, para chegar em 2026 caindo aos pedaços.
E as esquerdas? As esquerdas de ativismo geralmente à distância, algumas dedicadas a bater o tambor de esquerdismos tardios, essas não querem saber de Moises Mendes, porque o nome para o futuro, como sucessor de Lula, seria o do governador de Macondonópolis, Raymundo Herrera, esse sim de esquerda.