Gabriel Galípolo; atual presidente do BC afirmou que o estouro da meta de inflação em 2024 foi causado por uma combinação de fatores – Foto: Reprodução

Na sexta-feira (10), o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que o estouro da meta de inflação em 2024 foi causado por uma combinação de fatores: forte atividade econômica, desvalorização do real frente ao dólar e extremos climáticos. O economista assumiu a presidência da autarquia em janeiro, após a gestão de Roberto Campos Neto.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado mais cedo, registrou alta de 4,83% em 2024, acima do teto da meta de 4,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta oficial era de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Em carta enviada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o BC destacou que os extremos climáticos tiveram papel significativo no aumento dos preços.

A seca em várias regiões do país e as enchentes no Rio Grande do Sul afetaram a produção agrícola, elevando os preços de carnes, leite e outros alimentos. O segmento de alimentação em casa, que registrou deflação de 0,52% em 2023, teve alta de 8,22% no ano seguinte.

Outro fator destacado foi a depreciação do real em relação ao dólar, o que impactou os preços de bens industriais. O BC apontou que a moeda brasileira foi a que mais perdeu valor em 2024, devido a fatores internos como a preocupação com o cenário fiscal e a percepção dos agentes econômicos sobre as contas públicas do país.

Cédulas de dólares; moeda registrou forte valorização em 2024 – Foto: Reprodução

Por outro lado, o BC afirmou que a queda no preço internacional do petróleo ajudou a amenizar os impactos da desvalorização cambial. Apesar disso, a pressão inflacionária em outros setores compensou esse alívio, contribuindo para o descumprimento da meta.

As projeções para 2025 continuam preocupantes, com economistas do mercado financeiro prevendo uma inflação próxima de 5%, segundo o relatório “Focus” divulgado pelo BC. A meta de inflação para o próximo ano mantém o teto em 4,5%, mas a perspectiva é de mais um ano com números acima do limite.

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Last Update: 11/01/2025