O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu manter a prisão do general Walter Braga Netto. O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) foi preso no último dia 14 pela Polícia Federal âmbito das investigações que apuram a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula (PT).
Segundo o advogado José Luis Oliveira Lima, responsável pela defesa do general, a manutenção da prisão já esperada, apesar de entender que “não há absolutamente nenhuma prova que justifique a sua prisão”. “Vamos aguardar o julgamento do agravo pela Turma”, completou.
Na semana passada, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou contra a soltura do general. Ele justificou que a prisão devia ser mantida devido a “permanência dos motivos que fundamentaram a decretação da prisão preventiva e a inexistência de fatos novos que alterem o quadro fático-probatório que embasou a medida”.
Segundo a PF, Braga Netto foi preso por atrapalhar “a livre produção de provas durante a instrução processual penal” – ou seja, por obstrução de Justiça. O general é uma das 37 pessoas originalmente indiciadas pela PF por participação na suposta trama de golpe após as eleições de 2022. Outras três foram incluídas na lista na semana passada.