Considerado a “prévia” do PIB oficial, o aumento do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) impulsionou o mercado a também aumentar suas expectativas para o resultado da economia brasileira, apesar das resistências iniciais do setor no governo Lula.
O índice que antecede o PIB teve uma variação de 1,37% no mês de junho e, consequentemente, as projeções de representantes do mercado financeiro também cresceram a expectativa do Produto Interno Bruto (PIB) no país. A pesquisa Broadcast registrou que o setor espera um aumento de 0,9% no segundo trimestre e de 2,4% no ano.
No mês passado, estes mesmos dados eram de 0,5% para o trimestre e 2,2% para o ano, ou seja, os números atuais apresentam uma diferença considerável.
Entretanto, a pesquisa Broadcast levantou que o mercado financeiro também espera – ou pressiona – mais uma alta na Selic. Um dos consultados, o Banco ABC Brasil, por exemplo, informou que espera que a Selic aumente de 10,50% para 11,25% neste ano e de 9% para 9,75% no ano que vem.
Segundo o chefe-economista da instituição, Daniel Xavier, a próxima reunião do Copom, em setembro, deverá ter uma alta de juros de 0,25 ponto percentual e o mesmo aumento, mês a mês, até o final do ano.
Já a economista-chefe da Galápagos, Tatiana Pinheiro, prevê que os bons indicadores do PIB não impactarão na Selic, que deve se manter estável em 10,5% até o final do ano.
O economista da MB Associados, Sergio Vale, elogiou a expectativa alta de PIB este ano e afirmou que isso reflete “o impulso fiscal do governo, contribuindo para o consumo das famílias em todo o País, e para a dinâmica positiva do setor agropecuário, que impulsiona a economia principalmente dos Estados do Centro-Oeste”.
Com informações da Agência Broadcast.