O candidato do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) para as eleições municipais de São Paulo, Paulo Marçal, está sendo alvo de uma perseguição política. O Ministério Público Eleitoral pediu a cassação de sua candidatura, apoiado por Tabata do Amaral (PSB) e Ricardo Nunes (MDB). Simultaneamente, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) está trabalhando para impedir que Marçal participe dos debates públicos.
Querem impedir Marçal de falar a qualquer custo. Isso é algo comum, embora seja ilegal. A direita nunca permitiu que uma organização como o Partido da Causa Operária (PCO) participasse dos principais debates na televisão. Isso afetaria os interesses das candidaturas do grande capital.
O interessante nesse caso é que não estamos falando de um revolucionário. Estamos falando de um cidadão rude, que não tem propostas reais para resolver os problemas da população. Sua campanha é baseada em acusações toscas e morais, como a de que Guilherme Boulos seria um “aspirador de pó” e a de que o neoliberal Ricardo Nunes seria “comunista”. Esse cidadão, no entanto, está incomodando os poderosos. De acordo com as últimas pesquisas, ele estaria no topo das intenções de voto.
O crescimento da candidatura de Marçal é muito mais mérito dele e muito mais demérito dos seus adversários. Guilherme Boulos (PSOL), Tabata do Amaral, Ricardo Nunes e José Luís Datena (PSDB) são candidatos tão impopulares que basta que algo saia do grande esquema montado junto à imprensa capitalista que suas candidaturas correm o risco de desmoronar. Ninguém acha Marçal um gênio. A questão é que ninguém gosta dos outros candidatos, e ninguém mais tem paciência para escutar os representantes de um regime político falido.
Ao se associar aos demais representantes do regime político, Boulos apenas confirma que sua candidatura não é de esquerda. É apenas uma das quatro alternativas para levar adiante a ditadura tucana em São Paulo contra a população do estado.