O governo do primeiro-ministro da França, Michel Barnier, está à beira do colapso após uma moção de censura na Assembleia Nacional.
Nomeado pelo presidente Emmanuel Macron em setembro, Barnier tentou usar um artigo da Constituição francesa para aprovar o orçamento da Previdência e da Saúde sem votação parlamentar.
“Chegamos agora na hora da verdade, que confronta todos com as suas responsabilidades. Cabe agora a vocês decidir se o nosso país adota textos financeiros responsáveis, essenciais e úteis para os nossos cidadãos, ou se entramos em território desconhecido”, disse Michel Barnier à Assembleia Nacional.
A líder do partido de esquerda radical A França Insubmissa, Mathilde Panot, afirmou que Barnier “terá desonra e censura”. Os representantes do partido de extrema direita Reunião Nacional também indicaram que votariam a favor da moção.
Caso a moção de censura seja aprovada, seria a primeira vez desde 1962 que isso ocorre, ampliando a crise gerada pela dissolução da Assembleia por Macron em junho.