O deputado federal e candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, manifestou preocupações sobre a integridade da eleição venezuelana em entrevista à CNN Brasil.
Durante a conversa, Boulos argumentou que os “indícios fortes de fraude” observados comprometem a legitimidade do processo eleitoral. Ele ressaltou que a falta de transparência observada na Venezuela é inaceitável e comparável a tentativas de subversão democrática em outros contextos, incluindo o Brasil.
“Esta eleição, que está sendo questionada por quase todos os governos do mundo, inclusive o brasileiro, é uma outra história. Há indícios fortes de fraude na eleição da Venezuela”, afirmou o psolista.
“Se permanecer um presidente que foi eleito numa eleição sem transparência, ele não é legítimo. Como não seria legítimo aqui no Brasil, o Bolsonaro tentar dar um golpe e tentar virar a mesa, como tentou. Eu defendo a democracia onde quer que seja”, completou.
Boulos, aliado do presidente Lula, diverge do posicionamento mais cauteloso do PT, que até agora evitou críticas diretas sobre a situação.
Ele enfatizou que a manutenção de um líder eleito sob tais circunstâncias é ilegítima, não apenas na Venezuela, mas em qualquer nação.
Esta perspectiva de Boulos foi utilizada por oponentes políticos como Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal (PRTB), José Luiz Datena (PSDB) e a deputada Tabata Amaral (PSB) para confrontá-lo em debates.
Além disso, Boulos optou por não comentar diretamente sobre a nota do PT que reconhece Nicolás Maduro como “presidente reeleito”, reiterando seu desacordo com a linha adotada pelo partido.