O ator francês Alain Delon, famoso por suas marcantes interpretações de personagens sombrios como assassinos e mercenários no cinema pós-guerra, faleceu aos 88 anos.
Desde um derrame sofrido em 2019, Delon enfrentava problemas de saúde e vivia recluso em sua propriedade em Douchy, localizada no Vale do Loire, França. Após o AVC, o ator expressou o desejo de encerrar sua vida por meio de suicídio assistido.
Recentemente, seu filho Anthony divulgou que seu pai desejava recorrer ao suicídio assistido, uma prática legal na Suíça, onde Delon residia, mas proibida em muitos outros países, incluindo a França.
Trajetória e Auge Cinematográfico
Ícone do cinema, Delon nasceu em 8 de novembro de 1935 em Sceaux, Hauts-de-Seine, França.
Em 25 de março, uma mensagem que parecia ser de despedida foi postada no perfil oficial de Alain Delon no Instagram: “Gostaria de agradecer a todos que me acompanharam ao longo dos anos e me deram grande apoio. Espero que os futuros atores possam ver em mim um exemplo, não apenas de trabalho, mas na vida, com suas vitórias e derrotas. Obrigado, Alain Delon.”
Pouco depois, a conta foi deletada. Delon, após o AVC em 2019, falou várias vezes sobre o suicídio assistido, especialmente depois de testemunhar o sofrimento de sua esposa, Nathalie Delon, que também desejava essa opção, mas faleceu de câncer de pâncreas em 2021 antes de conseguir as autorizações necessárias.
Papéis iniciais e estrelato
Alistou-se como fuzileiro naval e, em 1953, foi enviado ao sudeste asiático. Após ser dispensado em 1955, Delon fez vários trabalhos temporários e tornou-se amigo de alguns atores de cinema, com os quais compareceu ao festival de cinema de Cannes em 1957.
Durante o festival, Delon chamou a atenção de um caçador de talentos do produtor americano David Selznick, que lhe ofereceu um contrato com a condição de aprender inglês. No entanto, após conhecer o diretor francês Yves Allégret, Delon decidiu seguir carreira na França.
Considerado um dos grandes galãs do cinema entre as décadas de 1960 e 1970, Delon estrelou mais de 80 produções cinematográficas, incluindo clássicos como “O Sol por Testemunha” (1959) e “Cidadão Klein” (1976).