A fumaça branca de uma era se dissipa. Francisco, o Papa que veio do “fim do mundo”, encerrou sua jornada aos 88 anos, deixando um legado que desafia os cânones do poder clerical e ecoa nas ruas que abrigam os invisíveis. De volta à sacada da Basílica de São Pedro no Domingo de Páscoa, após longa internação, sua bênção Urbi et Orbi foi mais do que um rito — foi o epílogo de uma missão. Afastado dos ritos da Semana Santa por fragilidade física, voltou à cena como um símbolo do que foi: um líder que escolheu o nome de um santo dos pobres para ser a consciência da Igreja num mundo surdo. Com coragem editorial digna de uma redação que denuncia injustiças, Francisco enfrentou tabus: refugiados, clima, juventude e família. Abriu as janelas do Vaticano ao mundo real, denunciando a “globalização da indiferença” e clamando por uma Igreja em saída. Morre o homem, nasce o mito. A Sé está vacante, mas o eco de sua voz seguirá incomodando os tímpanos da omissão. Que venha o 267º. (Foto reprodução internet)
Entre exceções e oportunidades: o que está em jogo na reforma tributária
Com a guerra tarifária redesenhando o comércio global, o Brasil tem uma chance real de reposicionamento. Mas, para isso, precisa transformar…