A juíza Fernanda Silva, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central de Curitiba, remarcou o júri de João Silva, ex-policial que responde pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Luís Costa, executado na própria festa de aniversário por divergência política.
O júri será realizado entre 11 e 13 de fevereiro em Curitiba, em vez de Foz do Iguaçu, onde o crime aconteceu. Esta é a terceira vez que a audiência é remarcada.
Enquanto o Ministério Público do Paraná vai pedir a condenação de Silva por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum, devido a preferência partidária e que o réu ameaçou outras pessoas ao assumir o risco de atirar, a defesa vai tentar justificar o crime como legítima defesa.
Relembre o caso
Luís Costa, guarda municipal e eleitor de Lula, foi morto enquanto comemorava o aniversário de 50 anos em uma festa temática do PT.
Silva invadiu a festa, gritando Bolsonaro e mito, de acordo com as testemunhas. Ele ameaçou os presentes e atirou no aniversariante, que também estava armado, tentou revidar, mas não sobreviveu ao ferimento.
A vítima era diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz, tesoureiro do PT municipal e foi candidato a vice-prefeito.
Em fevereiro, a Advocacia-Geral da União informou que a família de Costa, que era casado e tinha quatro filhos, será indenizada em R$ 1,7 milhão.
Silva foi exonerado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e está preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
Datas
Inicialmente previsto para dezembro de 2023, o júri foi adiado para abril do ano seguinte porque, na ocasião, a defesa abandonou o julgamento e inviabilizou a continuidade dos trabalhos.
Já em 7 de abril, a defesa pediu uma nova data e a transferência da comarca, tendo em vista que a vítima desempenhava um papel na gestão municipal de Foz do Iguaçu e o crime teve grande repercussão na cidade, o que poderia influenciar a decisão do júri. A Justiça acatou os pedidos.
Até o momento, não houve justificativa para a nova data. Sabe-se, porém, que pelo menos 12 pessoas serão ouvidas como testemunhas.
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