A eleição de 2026 ainda nem começou, mas Brasília já vive em clima de segundo turno, com a montagem de um bunker eleitoral onde já se distribui cargo com data futura. Os blocos se movimentam como quem escolhe camarote no Titanic: o navio pode afundar, mas ninguém quer sair da foto. O presidente Lula quer a reeleição, mas com popularidade que anda de muletas. A direita procura um nome que não seja Jair Bolsonaro (foto/reprodução internet), mas que agrade a bolha bolsonarista. E o centro? O centro ensaia terceira via pela décima vez. Deve ser por isso que aqui todo mundo anda com dois coletes: um pra bala da oposição, outro pra trairagem interna. No sistema político quem perder foro, perde voz. Quem perder tempo de TV, perde a alma. E quem disser a verdade, perde a eleição. 2026 parece ser o ano do “deixa como está pra ver como fica”. O país merece mais. Aliás, pensando bem, 2026 será o ano do “deixa disso” ou do “salve-se quem puder”? Vejo, com ironia que tudo continua igual. E Flávio Dino segue como a grande incógnita no tabuleiro eleitoral.
